segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Mesmo Sangue. Mesmo Direito. Por que fazer essa campanha?


Todo tipo de preconceito causa indignação, seja ele vindo de uma pessoa, de um grupo delas, de uma empresa, de instituições públicas, de leis. O que nunca podemos fazer, nós que vislumbramos um mundo de igualdade, é perdermos a capacidade de, justamente, nos indignarmos, nos aterrorizarmos frente a ideologias e atos que segregam, humilham e violentam seres humanos.
É com a máxima indignação que milhões de gays, homens bissexuais e travestis e de pessoas vêem a postura da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de proibir a doação de sangue por homens que tenham feito pelo menos uma vez sexo com outro homem nos 12 meses anteriores à época da coleta. Mulheres que tenham feito sexo com esses homens recebem o mesmo veto.
Essa regra é de 2004. Antes disso, a vedação era total. Mais que 12 meses, o que tinha sido feito na vida poderia ser visto como critério para que gays, homens bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens fossem tratados como que “quase com certeza infectados” pelo vírus HIV.
Modificaram a forma, mas a visão que molda as regras não. A base de ambas é a idéia preconceituosa de que aquele grupo de homens, por serem o que são e por fazerem o que fazem, independentemente de como se protegem das doenças sexualmente transmissíveis, eles não podem doar sangue!
Essa prática não condiz com o conhecimento científico das últimas décadas. Há muito, sabe-se que grupos de risco, termo vindo dos anos 1980, não existem. O que há é um vírus, o HIV, que pode infectar mulheres, jovens, homens, idosos, adultos, profissionais do sexo, desempregados, executivos, solteiros, casados, negros, brancos, homossexuais, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros, heterossexuais. Todos e todas podem se infectar. Todas e todos devem se proteger. Todas e todos poderiam doar…

Sendo assim, por que essa restrição contra gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens? Por que rejeitar nosso sangue sem ao menos saber se nós nos protegemos contra o HIV? Quem é gay, bissexual ou fez sexo com outro homem “nos 12 meses anteriores à doação” sabe como somos tratados nos hemocentros de todo o Brasil. Uma vez explicitado quem somos, tudo o mais é ignorado. Recebemos a tarja de ”não habilitados”.
Um heterossexual que tenha feito sexo sem proteção tem a doação rejeitada. Um heterossexual que não tenha feito sexo sem proteção, tem a doação aceita. A pergunta é: por que simplesmente a mesma regra, não outra, não uma menos rigorosa, a mesma, não é feita a nós gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com outros homens?
A palavra preconceito ensina. É algo pré-concebido, suposto, esperado… Com base em quê? Em desconhecimento, em falta de interesse de saber, em idéias reacionárias que recebem defesa de quem não se preocupa em romper com possíveis injustiças, as quais atentam contra o princípio de respeito e igualdade.
Existir regras distintas entre heterossexuais e entre gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens na doação de sangue é sim discriminar, separar e dar valor distinto a cada parte. Uns são mais, outros são menos e podem ser tratados sem nenhuma consideração.
A consulta pública feita pelo Ministério da Saúde sobre Portaria do Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos, aberta de 2 de junho a 2 de agosto de 2010, é uma oportunidade de todas cidadãs e todos cidadãos mostrarem sua indignação contra essa regra, indubitavelmente discriminatória.

Consulta pública é um processo no qual um ente governamental chama a sociedade para opinar a respeito de uma proposta. Em declarações à imprensa, autoridades do Ministério da Saúde e da Anvisa disseram que a proibição sobre a qual versamos aqui não será retirada. Pois nós dizemos: não vamos nos calar. Sempre que alguém ou nós formos vítimas de discriminação, a idéia criada do impossível não irá nos tirar a capacidade de nos indignarmos, de lutarmos… até conseguirmos.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Justiça reconhece união homoafetiva na PM paulista



Por Fernando Porfírio
A relação homoafetiva gera direitos e a união estável permite o reconhecimento dessa relação para fins previdenciários. O homossexual não é cidadão de segunda categoria. A opção ou condição sexual não diminui direitos e, muito menos, a dignidade da pessoa humana. E a ausência de previsão legal expressa não estorva ou impede o reconhecimento do direito reclamado.
Com esse fundamento, o Tribunal de Justiça paulista reconheceu a união homoafetiva de um integrante da Polícia Militar e seu companheiro e mandou a Caixa Beneficente da Polícia Militar do Estado de São Paulo incluir o parceiro do PM na qualidade de seu beneficiário. A decisão, por votação unânime, é da 12ª Câmara de Direito Público. A corte paulista ainda condenou a autarquia ao pagamento de pensão retroativa à data do pedido administrativo.
O TJ paulista reconheceu que Antonio e Guilherme vivem em união homoafetiva há mais de 30 anos. A turma julgadora disse que essa convivência é de conhecimento público, contínua e duradoura, constituindo vínculo familiar. De acordo com o TJ-SP, a vida em comum foi construída e mantida com o uso dos proventos do policial militar, o que caracterizou a dependência econômica de Guilherme.
“A prova realziada nesse sentido se revela suficiente, ante a demonstração da vida em comum por mais de 30 anos, em núcleo com as características do ambiente familiar, determinados pela ajuda recíproca, o apoio, o assistencialismo e a reunião de esforços para um propósito único”, afirmou o desembargador que atuou como relator do recurso apresentado pela Caixa Beneficente da PM.
No seu voto, o relator destacou que o sistema previdenciário “envolve sadia noção de assistencialismo e solidariedade”. Disse ainda que espírito da Previdência aceita como beneficiários do ex-servidor, todos os seus dependentes, seja resultado de vínculo legal como o casamento ou a consagüinidade, seja conseqüência da convivência estável de pessoas de mesmo sexo.
O relator explicou que o sistema previdenciário se apoia num impulso limitador e num vetor de eficácia ampla. No primeiro caso, argumentou o desembargador, o limite está no cálculo atuarial, que exige equilíbrio entre as receitas e as previsões de despesas ou pagamentos das aposentadorias e pensões. No segundo, se apoia no assistencialismo e solidariedade.
Para o relator, no caso em exame a lógica do sistema previdenciário está atendida. O desembargador entendeu que os cálculos atuariais não consideram a situação familiar do contribuinte, onerando com o mesmo percentual o servidor casado e o solteiro.
Para o desembargador, a vida em comum e a prova do esforço compartilhado permitem a identificação da dependência e necessidade. E não haveria obstáculo para a concessão do direito previdenciário reclamado que não fere as regas atuariais.
“A união homoafetiva de caráter estável se estrutura nas mesmas bases da união familiar entre homem e a mulher, e deflagra as mesmas proteções sociais e previdenciárias, não só para dignificar o beneficiário, como a própria sociedade que respeita as evidências da vida”, afirmou novamente o relator.
O relator conclui sua decisão citando acórdão do STF, assinado pelo ministro Celso de Mello: “Enquanto a lei não acompanha a evolução da sociedade, a mudança de mentalidade, a evolução do conceito de moralidade, ninguém, muito menos os juízes, pode fechar os olhos a essas novas realidades. Ao menos até que o legislador regulamente as uniões homoafetivas – como já fez a maioria dos países do mundo civilizado – incumbe ao Judiciário emprestar-lhes visibilidade e assegurar-lhes os mesmos direitos que merecem as demais relações afetivas”.
FONTE: http://www.conjur.com.br/2010-jun-21/tj-sp-manda-autarquia-pagar-pensao-companheiro-policial-militar

Novas regras mantêm proibição de gays doarem sangue


FONTE:
http://noticias.r7.com/saude/noticias/novas-regras-mantem-proibicao-de-gays-doarem-sangue-20100602.html


Proposta do governo proíbe doação de homens que fazem sexo com homens
Felipe Maia e Diego Junqueira, do R7

Apesar de protestos de ativistas, os homossexuais devem continuar proibidos de doar sangue no Brasil. As novas regras sobre o assunto, que foram propostas nesta quarta-feira (2) pelo Ministério da Saúde, continuam vetando a participação de homens que tenham feito sexo com outros homens nos 12 meses anteriores à doação, mesmo que eles usem camisinha.
O ministério publicou no Diário Oficial da União uma proposta sobre as regras de doação de sangue, que agora entra em consulta pública por 60 dias, para que a sociedade dê sugestões sobre o tema. O governo vai receber sugestões e alterações da comunidade científica e outras organizações, mas a última palavra sobre o assunto ficará mesmo com a administração federal.


De acordo com o texto, deve ser considerado inapto temporário para a doação o "homem que tenha tido relação sexual, oral ou anal, ativo ou passivo, com outro homem", independentemente da orientação sexual. Também não podem doar sangue as mulheres que tenham feito sexo com esses homens. A resolução anterior, feita pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em junho de 2004, continha a mesma proibição, mas não detalhava o tipo de relação (oral, anal, passiva ou ativa).
Em geral, as relações de sexo anal, também praticadas por heterossexuais, apresentam mais riscos de transmissão de HIV, em razão de o tecido da área ser mais sensível do que o da vagina.

A justificativa da Anvisa para limitar especificamente esse público são estudos que indicam que a prevalência do HIV é maior entre os gays, apesar de o contágio do HIV estar equilibrado entre heterossexuais e homossexuais. A agência reguladora diz que "todos os trabalhos" apontam que esse tipo de proibição ainda é necessária.


– A prática sexual entre homens que fazem sexo com outros homens está associada a um risco acrescido de contaminação pelo HIV. Por isso, a exclusão desses [homens] na doação de sangue essa é uma medida que certamente contribui na proteção dos receptores de transfusão de sangue, ao diminuir o risco de transmissão do HIV.
Médico diz que limitação dá segurança para o receptor

Sérgio Barroca Mesiano, presidente do Congresso Brasileiro de Hematologia e Hemoterapia, diz que esse tipo de restrição ainda é necessária e que é preciso fazer mais estudos para que uma eventual liberação seja feita de modo segura. O hematologista diz que os testes a que são submetidas as amostras de sangue não são 100% seguros, por isso é necessário restringir o público doador.

– Essa limitação está fundamentada em trabalhos científicos, mesmo recentes, feitos em países da Europa e dos Estados Unidos. Ainda se considera que há um risco aumentado nesse grupo de pessoas. Não se trata de uma atitude discriminatória, já que outros grupos, como usuários de drogas, por exemplo, também não podem doar. O objetivo é justamente preservar quem vai receber a doação.

Mesiano reconhece que grande parte dos gays adotam práticas de sexo seguro, com o uso de preservativo, e têm um número limitado de parceiros. Entretanto, para ele, uma entrevista de cinco a dez minutos realizada antes da doação não é suficiente para indicar esse tipo de diferença. Para proteger o receptor do sangue e o profissional de saúde responsável pela coleta, é necessário fazer a proibição total.

Segundo o médico Francisco Hideo Aoki, professor de Infectologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), para avaliar se esse grupo está mais exposto à infecção pelo vírus da Aids, seria preciso analisar como são os relacionamentos, ou seja, se o indivíduo é ativo ou passivo na relação e se ele usa ou não o preservativo.

Aoki afirma que “idealmente” faz sentido manter as restrições aos grupos de risco, pois, como as informações sobre os possíveis doadores são reunidas por depoimentos, há o risco de esses dados serem falsos. No entanto, o infectologista da Unicamp afirma que essas proibições não devem se limitar a esse grupo.

– Isto vale para qualquer tipo de relacionamento sexual, incluindo o heterossexual exclusivo. [Os indivíduos devem ser] desestimulados a serem doadores de sangue na medida em que tenham comportamentos de risco, com relacionamentos sexuais desprotegidos.

Ativistas dizem que restrição é injusta

Entretanto, para José Carlos Veloso, vice-presidente do Gapa-SP (Grupo de Apoio à Prevenção à Aids), se a Anvisa tiver um controle rigoroso do sangue doado, não é necessário restringir os homossexuais nem aqueles que tenham tatuagens ou mais de um parceiro.

– A Anvisa diz que tem controle sobre o sangue, então não faz sentido restringir, porque isso só reforça o preconceito sobre essas pessoas. Tem muito homossexual que não é soropositivo, que pratica a fidelidade e que usa preservativo. Não é nivelando por baixo que se resolve essa questão.

Rodrigo Pinheiro, presidente do Fórum de Ong/Aids do Estado de São Paulo, diz que a restrição deveria ser retirada, pois ela “estigmatiza muito mais essa população”.

– Temos que trabalhar com a inclusão e não com a exclusão. Isso com certeza é uma forma de preconceito e não pode estar contextualizada dessa forma, pois hoje a Aids está em todas as camadas sociais e não apenas nesse grupo.

Mario Angelo Silva, coordenador do Polo de Prevenção de DST/Aids da Universidade de Brasília, também é contra a proibição. Ele aponta que, em vez de eliminar esse grupo, o governo deveria investir em testes mais seguros para a doação de sangue. O momento da doação, diz ele, poderia inclusive servir para que os doadores recebessem aconselhamento sobre práticas sexuais seguras e prevenção à Aids.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Comentário de Marina Silva sobre morte de José Saramago causa polêmica no Twitter



Publicada em 18/06/2010 às 14h18m
SÃO PAULO - Um comentário da candidata do PV a presidente, Marina Silva, sobre a morte do escritor português José Saramago provocou polêmica no Twitter na manhã desta sexta-feira. Por volta das 9h30m, Marina postou: "Morre José Saramago. O mundo perde um grande escritor, e os países da língua portuguesa, o nosso primeiro prêmio Nobel".
Em seguida, ela republicou o comentário de dois internautas que criticavam a postura de Saramago com relação a Deus e a religião. "Como podemos lamentar a morte de uma pessoa que blasfemou contra Deus a vida toda?", dizia um deles. O outro internauta escreveu: "Grande escritor é muito subjetivo. Alguém que não respeita a fé alheia não é exatamente um grande escritor".
Marina divulgou depois uma nota em seu site para esclarecer que aqueles comentários de internautas republicados não significavam que a candidata endossava as opiniões, mas que apenas queria contextualizar os fatos para poder responder a eles, o que de fato acabou fazendo.
"A vida é um dom dado por Deus para quem crê e para quem não crê. Louvado seja Deus", escreveu para o primeiro internauta.
"Mas o que aprendemos com Jesus é que temos que amar e respeitar todas as pessoas, mesmo as que não respeitam a nossa fé", respondeu ao segundo.
A nota afirma que "houve um equívoco em como a equipe de Marina respondeu a mensagens publicadas pelo Twitter sobre a morte do escritor José Saramago".
Marina vê as redes sociais como um caminho para mobilizar eleitores, já que contará com pouco tempo na propaganda de televisão.
FONTE: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/06/18/comentario-de-marina-silva-sobre-morte-de-jose-saramago-causa-polemica-no-twitter-916917112.asp

Morre, aos 87 anos, o escritor português José Saramago



Autor de 'Ensaio sobre a cegueira' era vencedor do Prêmio Nobel.
Nota em seu site fala 'múltipla falha orgânica após prolongada doença'.
O escritor português José Saramago morreu aos 87 anos em sua casa em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, nesta sexta-feira (18). A informação foi divulgada pela família do escritor de "Ensaio sobre a cegueira" e confirmada em seu site oficial.
Saramago passou mal após tomar o café da manhã e recebeu auxílio médico, mas não resistiu e morreu. Ele sofria de leucemia.
"Hoje, sexta-feira, 18 de junho, José Saramago faleceu às 12h30 horas [horário local] na sua residência de Lanzarote, aos 87 anos de idade, em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma prolongada doença. O escritor morreu estando acompanhado pela sua família, despedindo-se de uma forma serena e tranquila", diz uma nota assinada pela Fundação José Saramago e publicada na página do escritor na internet.
O autor de "O evangelho segundo Jesus Cristo" e "Ensaio sobre a cegueira" vivia em Lanzarote desde 1993 com sua esposa, a jornalista Pilar del Río. Nos últimos anos foi hospitalizado em várias oportunidades, principalmente devido a problemas respiratórios.
Expoente da literatura mundial
O escritor português era um dos maiores nomes da literatura contemporânea e vencedor de um prêmio Nobel de Literatura no ano de 1998 e de um prêmio Camões - a mais importante condecoração da língua portuguesa.
Entre seus livros mais conhecidos estão "Memorial do convento", "O ano da morte de Ricardo Reis", "O Evangelho segundo Jesus Cristo", "A jangada de pedra" e "A viagem do elefante". O mais recente romance publicado pelo escritor foi "Caim", de 2009. Seu estilo de escrita era caracterizado pelos parágrafos muito longos e escassez de pontuações.
"Ensaio sobre a cegueira", que conta a história de uma epidemia branca que cega as pessoas, metáfora da cegueira social, foi levado às telas em um produção hollywoodiana filmada pelo cineasta brasileiro Fernando Meirelles (de "Cidade de Deus") em 2008. O autor, normalmente avesso a adaptações de suas obras, aprovou o trabalho de Meirelles.
Saramago era considerado como o criador de um dos universos literários mais pessoais e sólidos do século XX e uniu a atividade de escritor com a de homem crítico da sociedade, denunciando injustiças e se pronunciando sobre conflitos políticos de sua época. Em 1997, escreveu a introdução para o livro de fotos "Terra", em que o fotógrafo Sebastião Salgado retratava a rotina do movimento dos sem-terra no Brasil.
No mesmo ano, uma exposição sobre o trabalho de Saramago foi exibida no Brasil. "José Saramago: a consistência dos sonhos" trazia cerca de 500 documentos originais e outros tantos digitalizados, reunidos em um formato que, misturando o tradicional e a tecnologia moderna, levavam o visitante a uma agradável e rara viagem pela vida e pela obra do escritor português.

Biografia
Prêmio Nobel de Literatura de 1998, o português José Saramago nasceu em 16 de novembro de 1922, na pequena aldeia portuguesa de Azinhaga, no Ribatejo, região central do país. José de Sousa era conhecido pelo apelido de sua família paterna, Saramago, que o funcionário do Registro Civil acrescentou após seu nascimento.
Sua família mudou-se para Lisboa quando José tinha dois anos. Aluno brilhante, ele teve de abandonar o ensino secundário aos 12 anos, por causa da falta de recursos de seus pais.
Ateu, cético e pessimista, Saramago sempre teve atuação política marcante e levantava a voz contra as injustiças, a religião constituída e os grandes poderes econômicos, que ele via como grandes doenças de seu tempo.
"Estamos afundados na merda do mundo e não se pode ser otimista. O otimista, ou é estúpido, ou insensível ou milionário", disse em dezembro de 2008, durante apresentação em Madri de "As Pequenas Memórias", obra em que recorda sua infância entre os 5 e 14 anos.
Filiado ao Partido Comunista português
Autodescrito como um "comunista libertário", ele também provocou polêmica ao chamar a Bíblia de "manual de maus costumes". Ao longo de seis décadas de carreira literária, publicou cerca de 30 obras, entre romances, poesia, ensaios, memórias e teatro.
Saramago publicou seu primeiro romance, "Terra do pecado", em 1947. Em 1969, sob a ditadura salazarista, ele filiou-se ao Partido Comunista português. Depois de 47, ele ficou quase 20 anos sem publicar, argumentando que "não tinha nada a dizer". Na época, teve empregos públicos e trabalhou como editor e jornalista.
Entre 1966 e 1975, publicou poesia: "Os Poemas Possíveis", "Provavelmente alegria" e "O ano de 1993". Em 1977, publicou o romance "Manual de pintura e caligrafia". Depois, vieram os contos de "Objeto quase" (1978) e a peça "A noite" (1979).
Mas o reconhecimento mundial só chegou com "Memorial do convento", de 1982, a que se seguiu "O ano da morte de Ricardo Reis", dois anos depois. Os dois romances receberam o prêmio do PEN Clube Português.
Nobel e Camões ao desafeto da Igreja
Seu romance "O Evangelho segundo Jesus Cristo", de 1991, provocou polêmica com a Igreja Católica e foi proibido em Portugal em 1992.

O romance mostrava um Jesus humano, com dúvidas, fraquezas e conversando com um Deus cruel. Em um dos episódios, Jesus perdia sua virgindade com Maria Madalena.
Um ano depois disso, ele decidiu se mudar para a ilha de Lanzarote, no arquipélago espanhol das Canárias, onde ficou até morrer, sempre acompanhado pela sua segunda mulher, a jornalista e tradutora espanhola Pilar del Río.
Em 1995, ganhou o Prêmio Camões pelo conjunto da obra e publicou "Ensaio sobre a cegueira", que ganharia versão cinematográfica, dirigida pelo brasileiro Fernando Meirelles, em 2008.
Em 1998, ele ganhou o Nobel de Literatura. Na justificativa da premiação, a academia afirmou que o português criou uma obra em que, "mediante parábolas sustentadas com imaginação, compaixão e ironia, nos permite captar uma realidade fugitiva".
Seu último romance foi "Caim", de 2009, também bastante criticado pela Igreja Católica por conta de sua visão pouco ortodoxa do Velho Testamento

Maioria dos gays diz que já foi discriminada



Publicado em 18/06/2010
53,3% dos homens homossexuais já foram vítimas de homofobia; a maior parte dos casos ocorreu no trabalho, escola e faculdade

Pesquisa divulgada ontem pelo Ministério da Saúde revela que 53,3% dos homens gays que moram em dez das maiores cidades brasileiras já foram discriminados. Mais da metade dos atos de homofobia (51,3%) ocorreu no ambiente de trabalho das vítimas.

O levantamento ouviu 3.610 gays e outros homens que fazem sexo com homens (denominados HSH), com mais de 18 anos e que tiveram relações homossexuais nos últimos 12 meses. Foram entrevistadas pessoas nas cidades de Manaus, Recife, Salvador, Curitiba, Itajaí (SC), Santos (SP), Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campo Grande e Brasília.

Depois do ambiente de trabalho, a maioria dos homens gays é discriminada nas escolas ou instituições de ensino superior (28,1%) e em templos religiosos (13%).

A forma de discriminação predominante é a agressão verbal (44,5%). Em 12,4% dos casos, houve violência física.

Comportamento sexual

Os gays e HSHs também enfrentam violência entre seus pares. Dos entrevistados, 14,1% relataram terem tido relações sexuais à força.

Os homossexuais jovens iniciaram sua vida sexual com mais riscos que aqueles com 25 anos ou mais. Nessa faixa etária, 78,9% usaram preservativo na primeira relação, contra 53,9% dos que têm entre 18 e 24 anos.

No total, 10,5% dos entrevistados têm o vírus HIV, ante menos de 1% da população masculina total.l

FONTE: http://www.destakjornal.com.br/readContent.aspx?eid=982&id=14,63651

quinta-feira, 17 de junho de 2010

UM EM CADA DEZ GAYS NO BRASIL TEM AIDS


Sem essa de que a aids deixou ser um problema significativo dentre homossexuais. Pesquisa divulgada nesta quinta-feira 17 pelo Ministério da Saúde mostrou que 10,5% dos gays e outros homens que fazem sexo com homens em dez capitais brasileiras vivem com HIV.

O número se torna ainda mais alarmante quando é feita a comparação com o mesmo tipo de característica na população masculina em geral: apenas 0,8% foram infectados pelo vírus da aids, algo que não chega nem à relação de um indivíduo com HIV a cada 100.

Um das razões daquele número pode estar no fato de apenas 59,6% dos pesquisados terem usado preservativo na última relação sexual casual antes do dia da pesquisa. Heterossexuais possuem taxa bem próxima a essa de uso de camisinha, entretanto, eles são menos promíscuos do que os gays.

Se o preservativo fosse usado sempre, não haveria problema, já que, quando isso acontece, a quantidade de parceiros não influi na transmissão de HIV. Caso você faça sexo casual sem camisinha, cabe uma pergunta bem básica: essas informações lhe dizem algo?

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Marina Silva posiciona-se contra o casamento gay




Pré-candidata do PV disse que casamento é uma instituição para sexos diferentes.


A pré-candidata à presidência Marina Silva, do PV, resolveu sair do muro ao falar sobre direitos LGBT, em entrevista ao portal UOL. De acordo com ela, o casamento é uma instituição para pessoas de sexo diferentes, não gay.

“Em relação ao casamento, o casamento é uma instituição de sexos diferentes. Uma instituição pensada há milhares de anos. Não tenho uma posição favorável (ao casamento entre pessoas do mesmo sexo)”, declarou.

Marina, porém, disse que é um direito de todo gay defender a sua causa. “Mas essas pessoas têm o direito de defender suas bandeiras”, contornou ela.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Presidente e ONU libertam casal gay condenado no Maláui Madonna comemora libertação: prevaleceu o amor


Bingu Wa Mutharika, o presidente do Maláui, solicitou a libertação do casal gay, formado por Steven Monjeza e Tiwonge Chimbalanga, que foi condenado a 14 anos de prisão. A decisão ocorreu, neste sábado, após Bingu participar de uma reunião com o secretário-geral da ONU, Ba Ki Moon.

“Estes garotos cometeram um crime contra a nossa cultural, a nossa religião e lei, porém, como líder de Estado tenho a honra de perdoá-los e solicitar que sejam libertados”, afirmou o presidente.

A libertação, com teor de perdão, deu-se por questão humanitária, não pela aceitação da homossexualidade. Afinal, é crime praticar a homossexualidade no Malawi. Tanto que o secretário-geral da ONU deve solicitar que os legisladores do país mudem as leis sobre a questão.
Até Madonna, que havia se manifestado a favor do casal, declarou estar muito feliz e que o amor venceu.

O desempregado Steven Monjeza, 26, e o funcionário de hotel Tiwonge Chimbalanga, 20, foram presos um dia após celebrarem a união com uma festa tradicional.

domingo, 30 de maio de 2010

Marina cresce e desaparece.




Por Francisco Barreira *

Enquanto a candidatura Serra derrete, Marina vai engordando com as sobras do tucano derramadas pelo caminho. Mas quem é está nova política conservadora?

Ruim para Serra, bom para Marina. A candidata verde que adotou como estratégia ir comendo pelas beiradas os votos de classe média do tucano, só teve, neste final de semana razões para comemorar. Ela atingiu, nas pesquisas, a marca de 18 % no Rio e 16% em Brasília, exatamente as duas cidades que, por suas características representam, na vontade de seus eleitores, a tendência do eleitorado de todo País. E claro que ela conseguiu isto ao custo de ficar cada vez mais distante de Chico Mendes e cada vez mais próxima de Al Gore. O primeiro sabia que não há salvação ecológica dentro do regime de exploração capitalista. O segundo tenta nos vender a farsa de que isto é possível.

Há muitos casos de políticos brasileiros que, nascidos na extrema esquerda, transitaram para o centro e, na sequência, bateram na extrema direita ou quase. Os exemplos emblemáticos são os de Carlos Lacerda e Fernando Henrique Cardoso. Serra é outro exemplo, mas não está entre os mais importantes desse ranking. O fenômeno mais vertiginoso e extraordinário é, sem dúvida, o de Martina Silva. Em poucos meses ela evoluiu de uma posição que era considerada esquerdista dentro do próprio PT, para um posicionamento ideológico absolutamente compatível com o de Míriam Leitão convertida, hoje, em um de seus seu principais cabos eleitorais.

A História nos mostra, desde o socialista Mussolini na Itália, que este fenômeno de conversão é irreversível e cumulativo. Quando se envereda por ele, ocorre uma síndrome comum aos cristãos novos que consiste em precisar estar provando continuamente que sua adesão é sincera, o que os leva, quase sempre, a ficarem mais realistas que o rei. No caso, Sua Majestade El Rei Mercado.

O mais importante, contudo, é notar que tudo isto está acontecendo porque, em função da Grande Crise Norteamericana , ruíram os paradigmas neoliberais. Ou seja, o eixo ideológico flexionou para a esquerda. Percebendo isso, Lula espertamente aproveitou a onda e demarcou plebiscitariamente a eleição, reintroduzindo a questão ideológica (nacionalismo econômico, tamanho do estado, etc.) no discurso político.



Serra e Marina seguem a orientação de seus marqueteiros que são espertinhos, porém redondos analfabetos políticos. Resultado: ambos vão ficar dividido o prato frio do discurso pequeno burguês (vide a cafajeste agressão de Serra à Bolívia) e darão com os burros n’água.



(*)Jornalista. Economia, sociologia e meio ambiente. Foi correspondente da Folha de SP em Buenos Aires. Autor do livro “O Impasse Ecológico”.

terça-feira, 25 de maio de 2010

McDonald’s faz comercial gay na França

Um hamburguer com tempero arco-íris é o que pode ser vislumbrado no comercial da rede de fast food McDonald’s na França. Um jovem está na lanchonete vendo uma foto com várias pessoas. Recebe uma ligação e diz que está com muitas saudades enquanto acaricia alguém na imagem. Logo, diz que precisa desligar porque o pai está vindo.
O pai chega e diz: “É a foto da sua turma? Eu me parecia com você na sua idade. As garotas eram loucas por mim. Pena que só há meninos na sua classe. Você faria muito sucesso”. A resposta do jovem é um sorriso de quem não discorda nem concorda com a afirmação. Por fim, um slogan aparece: “Venha como você é”. Antes da fome, dá uma raiva de uma ação dessa estar longe de acontecer no Brasil...

Nota Oficial Associação das Travestis e Transexuais do Estado do Rio de Janeiro


Por favor, Não nos MATEM !!!!!!!!!!!!!!!


Sangue das Travestis assassinadas no Estado formam um Rio de Transfobia !

Os constantes casos de TRANSFOBIA no Brasil,vem ganhando significativa contribuição oriunda do nosso Estado,nos últimos 2 meses,foram contabilizados por esta instituição o trágico numero de SETE Travestis assassinadas em diferentes regiões do Rio de Janeiro.O protagonismo absoluto das Travestis e Transexuais nas estatísticas de todas as pesquisas realizadas sobre violência e discriminação sofrida entre a população LGBT no Brasil, vem agravando-se desde o final de 2009.

O Rio de Janeiro que durante 2009 teve uma significativa baixa nos assassinatos de Travestis e Transexuais, esta sofrendo um aumento desta prática de crimes de ódio.
Em 2010, no período de 13/04/2010 á 23/05/2010 SETE Travestis tiveram sua vidas ceifadas de forma cruel e covarde, embora temos certeza de o número real de homicídios Transfóbicos supera os computados por esta instituição.

No dia 13/04/2010 faleceu na Zona Portuária do RJ a Travesti “Baiana(Ângelo da Costa)” vítima de tiros, dia 20/04/2010 a Travesti “Dandara”moradora de São Gonçalo foi assassinada com vários tiros em Itaboraí no ponto onde trabalhava,dia 22/04/2010 “Ramona” uma jovem Travesti foi assassinada a pauladas na cabeça no bairro Califórnia em Nova Iguaçu,,dia 30/04/2010 a Travesti “Renata” foi assassinada também por espancamento no bairro Jardim Tropical,dia 05/05/2010 a Travesti “Sheila” assassinada com 20 tiros no bairro Jardim Aurora depois da UNIG em Nova Iguaçu ,dia 17/05/2010 a Travesti “Cesar Henrique Vendrame”espancado violentamente até a morte no bairro Paraíso em Resende ,dia 23/05/2010 a Travesti “Taila(José D B dos Santos Júnior)” natural de Itabuna –BA e residente na Lapa foi assassinada e teve seu corpo carbonizado pelo universitário e lutador Leonardo Loeser no bairro do Jardim Botânico Zona sul da capital do RJ.

O expressivo número dos casos,assim como as cruéis e diversificadas formas dos assassinatos, são o penúltimo estágio do grande fluxo de violência a que estão sujeitas Travestis e Transexuais brasileiras.
Fluxo este que inicia-se na infância com a exclusão escolar , o rompimento ou a fragilização do vinculo familiar devido a sua identidade de gênero culminando na fase adulta com a formação de indivíduos na sua grande maioria despreparados técnica e educacionalmente e com dificuldades no acesso ao mercado formal e informa de trabalho fazendo da Prostituição sua única forma de auto-sustento .

A Associação das Travestis e Transexuais do Estado do Rio de Janeiro (ASTRA RIO), organização da sociedade civil organizada de abrangência estadual com associadas em todo o Estado do Rio de Janeiro, cuja missão objetiva: Organizar, associar, representar política e socialmente a população de Travestis, Transexuais e Transgêneros do RJ,vem por meio desta denunciar publicamente estes assassinatos e repudiar expressamente o “JORNAL MEIA HORA” que em sua manchete de capa da edição impressa do dia 24/05/2010 traz o seginte texto:LUTADOR FURRECO FAZ CHURRASCO DE TRAVECO .

Declaramos que a ASTRA RIO é a favor da liberdade de imprensa, mas caso como este é além de inadmissível ,tão cruel e desumano quanto o ato criminoso do lutador, pois caso a sociedade admita uma manchete desse tipo, o próximo passo é uma manchete tipo “Bandidos fazem carne moída de menor” para descrever um caso como o absurdo cometido contra o menor “João Hélio”. Posturas como estas devem ser banidas de veículos que ao invés de levar informação e cultura ao nosso povo agem como verdadeiro manuais de desrespeitos a dignidade humana, PORTANTO NOSSO REPÚDIO AO JORNAL MEIA HORA / RJ.

Ontem dia 24/05/2010 a Presidência da ASTRA RIO ,se reuniu coma Superintendência de Assuntos Individuais Coletivos e Difusos (SUPERDIR) do Governo do Estado,responsável pela execução do Programa Estadual “Rio Sem Homofobia” onde foi protocolado um pedido de verificação dos casos ,onde tais fatos também foram encaminhados ao Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT,órgãos que vem desenvolvendo qualificada e constante em prol da cidadania LGBT,um apelo ao Governo do Estado uma resposta para que a apuração e punição dos responsáveis sejam feitas de forma exemplar e agradece a população do Estado do Rio de Janeiro pelas manifestações de apoio, e em especial aos Grupos Árco Íris,Grupo CaboFree e Grupo Conexão G onde estamos juntos na construção de um Ato público .

Todos Unidos por um Rio de Janeiro sem TRANSFOBIA!

Majorie Marchi
Presidente Astra Rio
Vice presidente ANTRA
Vice presidente Conselho Estadual LGBT/RJ
Membro Comitê Garantia de Direitos /SMAS/RJ

Informações: (21) 4104-0927 / (21) 8278-2633
http://associacaodastravestisetransexuaisrj.blogspot.com/
astra.rio@gmail.com

Cartaz com beijo gay causa demissão em faculdade de Minas Gerais.


BELO HORIZONTE - Um cartaz que serviria para divulgar um seminário sobre inclusão social se transformou em polêmica numa faculdade particular de Muriaé, em Minas Gerais, por ter uma ilustração de duas mulheres se beijando. O caso provocou o cancelamento do evento e a demissão da coordenadora do curso de Serviço Social da faculdade.

Segundo os alunos do curso de Serviço Social da Faculdade de Minas (Faminas) teria exigido a retirada da ilustração do cartaz, que convida para debates sobre desigualdades e preconceito no III Congresso de Políticas Públicas - VII Semana de Serviço Social. Traz, também, imagens de negros, índios e portadores de deficiência física. O cartaz é semelhante à ilustração da capa da agenda do Conselho Nacional de Serviço Social.

- É um cartaz onde tem vários segmentos da sociedade brasileira que são excluídos. E a faculdade, mais que nunca, precisa contribuir para a defesa dos Direitos Humanos - disse o estudante de Serviço Social Vinicius Ventura.
A faculdade imprimiu o material de divulgação sem as imagens. A direção da Faminas afirmou que a ex-coordenadora do curso de Serviço Social sugeriu um cartaz que não teria sido aceito por não respeitar regras de layout já previstas pela instituição.

- A faculdade não tem nenhum preconceito. Nós apenas temos normas internas de divulgação e procuramos, dentro da parte interna de comunicação e de publicidade, estar divulgando aquilo que causasse impacto de leitura - afirmou o procurador da Faminas, Eduardo Goulart Gomes.
A ex-coordenadora do curso de Serviço Social da Faminas disse que preferiu cancelar o evento.
- Diante da recusa da instituição em autorizar a utilização dessa imagem, baseada no meu código de ética, nos princípios que constam no projeto ético-político que a profissão de Serviço Social tem, eu optei por cancelar o evento e informar aos alunos e aos palestrantes o motivo desse cancelamento - afirmou Viviane Pereira, ex-coordenadora do curso de Serviço Social da Faminas.
A representante do Conselho Regional de Serviço Social em Minas disse que a decisão da ex-coordenadora da Faminas está respaldada.

- Um dos nossos preceitos é a eliminação de toda forma de preconceito e o respeito à diversidade. Então ela (a ex-coordenadora) está respaldada pelo Código de Ética Profissional - afirmou a representante do Conselho Regional de Serviço Social Marina Castro

O Movimento Gay de Minas Gerais estuda denunciar a universidade ao Ministério da Educação.
- Apesar de permitir que o tema seja abordado intramuros, ela (a faculdade) não permite a associação da imagem à questão do combate à homofobia. Isso para nós é um contrassenso e nós vamos questionar isso - disse o presidente do Movimento Gay de Minas Gerais, Marco Trajano.

Universitário é preso em flagrante por matar travesti, diz polícia


Suspeito de 27 anos teria tentado queimar corpo da vítima.
PMs foram chamados por vizinhos do estudante, assustados com gritos.

Policiais da Delegacia de Homicídios prenderam em flagrante neste domingo (23) um estudante de direito e lutador de jiu-jitsu. De acordo com a delegada Tatiana Queiroz, Leonardo Loeser de Oliveira, de 27 anos, é acusado de ter assassinado um travesti, dentro de casa, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio.
Chamados por vizinhos, que ficaram assustados com gritos vindos da casa do estudante, os policiais militares chegaram no momento em que Leonardo tentava queimar o corpo do travesti.
"Ele tentou ocultar o corpo, usando tijolos, telha, pedaços de madeira. Todos os indícios apontam para a autoria dele", disse a delegada Tatiana Queiroz, da Divisão de Homicídios, acrescentando que, apesar do flagrante, o suspeito negou todas as acusações.
Ainda segundo a delegada, não se trata de crime de ódio contra homossexuais. "Segundo relatos dos vizinhos, o indiciado costumava ter relacionamentos com pessoas do mesmo sexo", contou.
A vítima ainda não foi identificada, mas policiais informaram que o homem aparentava ter entre 20 e 30 anos.
O suspeito pode responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, com motivo torpe. Caso a necropsia informe que as queimaduras causaram a morte do travesti, ele também será acusado por crime com emprego de fogo, segundo a delegada.
A vizinhança está chocada com o crime e evita comentar o caso. “Os pais do Leonardo, que já são idosos, estão muito chocados com o que ocorreu e não querem falar”, disse um rapaz – que se apresentou como pastor, mas preferiu não se identificar –, de dentro da casa onde o jovem mora com a família. “Mas os pais dele passam bem”, acrescentou.
“Os pais do Leonardo não souberam de nada, pois eles tinham ido à igreja”, contou uma vizinha, que também não quis se identificar, que disse ter visto o suspeito brincando mais cedo com a cadela da família.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Dia 25/05, terça-feira, "Sou Mulher, Sou Brasileira, Sou Lésbica, ", na Casa de Cultura Laura Alvim.


O Cineasta Vagner Almeida, reestréia nesta terça-feira, dia 25 de Maio, na Casa de Cultura Laura Alvim em Ipanema seu Documentário “Sou Mulher, Sou Brasileira, Sou Lésbica”, às 20 horas.

O Filme trata da vida de mulheres brasileiras e seus enfrentamentos na sociedade lesbofóbica e racista. Mulheres essas, que ainda vivem a margem da sociedade e necessitam com muita força e coragem desvendar-se todos os dias.

A força desse filme documentário está nas falas, nas vozes dessas mulheres – lindas, fortes, poderosas, honestas, guerreiras, mães, filhas, tias, avós, amantes, parceiras...

Mostrando para o Mundo o que é ser Lésbica no Brasil!


Vale a pena conferir!

Serviço:

“Sou Mulher, Sou Brasileira, Sou Lésbica”

Terça feira, 25/05/2010.

20 horas

Casa de Cultura Laura Alvim

Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema

Contatos:

Vagner Almeida

e-mail: vagner.de.almeida@gmail.com

office e-mail: va2102@columbia.edu

office in ABIA: vavabrasil@abiaids.org.br

www.mailman.hs.columbia.edu

www.vagnerdealmeida.com

blogs - english: vavabrasil.blogspot.com

blogs - portuguese: vavabrasil2007.blogspot.com

CUIDANDO DA SAÚDE COM AS CORES DO ARCO-ÍRIS

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Travestis podem ter nome social em crachás de órgãos públicos federais


Portaria do Ministério do Planejamento assegura direito aos transexuais.
Nome de batismo será incluído no verso da funcional dos servidores.


Travestis e transexuais que trabalham como servidores públicos federais já podem usar o nome social (pelo qual são mais conhecidos) nos crachás, endereço de e-mails, lista de ramais, sistemas de informática e comunicações internas de uso social dos órgãos públicos. A portaria do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão foi publicada nesta quarta-feira (19) do Diário Oficial da União.
De acordo com a portaria assinada pelo secretário-executivo do Ministério, João Bernardo Azevedo Bringel, o nome social poderá constar na parte da frente do crachá do funcionário, e seu nome de registro estará identificado no verso do documento funcional. Os órgãos públicos terão 90 dias para promover as necessárias adaptações nas normas e procedimentos internos, para a aplicação da medida.
Em abril, travestis e transexuais garantiram que seus nomes sociais deveriam ser usados nas chamadas de presença nas escolas de nove estados brasileiros: Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Paraíba, Pará, Goiás e Alagoas. A identificação será feita nas cadernetas, históricos e certificados.

Dia de protestos na orla do Rio.



Manifestações contra a homofobia, o presidente do Irã e até políticos de ficha suja movimentaram as praias de Copacabana e Ipanema e chamaram a atenção dos cariocas para as minorias que lutam pelos seus direitos
Rio - O domingo foi marcado por protestos e manifestações na orla do Rio. Diferentes grupos e movimentos sociais promoveram atos nas praias de Copacabana e Ipanema e chamaram a atenção da sociedade contra a homofobia, a intolerância religiosa e a defesa de eleições com políticos com fichas limpas.

Pela manhã, o protesto silencioso organizado pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa em Ipanema relembrou os seis milhões de judeus mortos no Holocausto e reclamou do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que nega o assassinato em massa.

O ato contou com a ajuda de quem passava pelo local, para enterrar na areia 6 mil mãos. Cada uma tinha carimbada o número mil, que representava os mortos no Holocausto. Os organizadores do protesto esperam que o presidente Lula, que está em Teerã negociando uma solução sobre o programa nuclear iraniano, interfira também a favor de quem é discriminado no país.

“Não tem como diferenciar o presidente do Irã que defende o uso da energia nuclear com o que nega o Holocausto e apoia a homofobia. Um presidente assim não pode estar comprometido com a paz”, alerta Michel Gherman, organizador do ato.

No início da tarde, foi a vez do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT fazer passeata pela Praia de Ipanema para celebrar o Dia Mundial de Combate à Homofobia. Foi distribuída a ‘Lei de Bolso’, que reúne leis estaduais e municipais que garantem direitos aos homossexuais.

Com a participação de outros grupos do movimento LGBT, religiosos, representantes do governo estadual e do deputado Carlos Minc, o ato também foi uma prévia da manifestação que acontecerá em Brasília, na quarta-feira. Será a ‘Marcha Nacional LGBT’, que tomará a Explanada dos Ministérios até o Congresso Nacional para reivindicar, entre outras coisas, a aprovação dos projetos de lei que criminalizam a homofobia e legalizam a união civil entre pessoas de mesmo sexo.

Ainda ontem uma passeata feita pela Nova Organização Voluntária Estudantil pela orla de Copacabana defendeu a aprovação da proposta Ficha Limpa — que veta a candidatura de pessoas condenadas pela Justiça.
Marcha Nacional reivindica lei contra homofobia
Um dos políticos mais atuantes pelos direitos dos homossexuais, o deputado Carlos Minc constata que ainda há muito pelo que lutar. “Existe muito conservadorismo. A defesa de direitos aos homossexuais ganhou importância, virou movimento de massa, mas até hoje não foi aprovada a lei que criminaliza a homofobia”, destaca Minc.
E é justamente o Projeto de Lei 122, que criminaliza a homofobia, uma das principais reivindicações que serão feitas na Marcha Nacional. A aprovação do texto no Congresso é considerada uma das principais formas de combater a violência contra os homossexuais. “Se você não criminaliza a violência contra eles, você está dizendo que essa agressão é normal. E isso é muito triste”, afirma o ex-ministro.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Globo On line publica Nota do Grupo Arco-Íris em repúdio a Garotinho

FONTE:
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/05/05/grupo-arco-iris-divulga-nota-de-repudio-contra-declaracoes-de-garotinho-sobre-homossexuais-916505025.asp



Grupo Arco-Íris divulga nota de repúdio contra declarações de Garotinho sobre homossexuais

Publicada em 05/05/2010 às 11h05m

O Globo



RIO - O grupo Arco-Íris divulgou nesta quarta-feira uma nota na qual repudia as declarações do pré-candidato do PR ao governo do Rio, Anthony Garotinho , sobre os homossexuais. Durante eventos evangélicos da chamada Caravana Palavra de Paz, o ex-governador atacou adversários, fez discursos homofóbicos e pedidos de voto, conforme mostrou a reportagem do GLOBO.

Em uma das ocasiões, um cantor gospel pergunta à multidão quem é a favor da união civil de pessoas do mesmo sexo. Todos dizem ser contra. Garotinho, então, emenda:

- Todos não. O Gabeira e o Sérgio Cabral são a favor. O governador patrocina Parada Gay em Copacabana.

Na nota, a ONG afirma que o ex-governador deu declarações "de forma pejorativa", fomentando o preconceito contra os gays.

"Entendemos que Anthony Garotinho não respeitou a Constituição, que preza a igualdade de Direitos de todos e todas perante a sociedade e os princípios de um Estado laico, desqualificando as políticas públicas do governo do estado aos Direitos Humanos e à população LGBT", diz a nota.

Leia a nota na íntegra:

"O Grupo condena a postura do Sr. Anthony Garotinho, ex-governador e atual pré-candidato ao governo do Estado do Rio de Janeiro, que, de forma pejorativa, fomenta o preconceito à Comunidade LGBT. O jornal O Globo (2 de maio de 2010) destaca que Garotinho tem feito ataque aos adversários usando como arma de manipulação a Parada do Orgulho LGBT-Rio, ao afirmar que o então governador, Sérgio Cabral, patrocina a Parada do Rio. E, ainda, ratifica o discurso homofóbico do músico (sic) Emanuel de Albertin ("Se Deus fizesse o homem para casar com homem, não seria Adão e Eva, teria feito Adão e Ivo"), chamado por Garotinho para compor a caravana Palavra de Paz.

"Entendemos que Anthony Garotinho não respeitou a Constituição, que preza a Igualdade de Direitos de todos e todas perante a Sociedade e os princípios de um Estado Laico, desqualificando as políticas públicas do Governo do Estado aos Direitos Humanos e à População LGBT.

"O papel de um governante é garantir a igualdade de Direitos de toda a população, independente de cor, classe, credo, raça, sexo, orientação sexual. E tal postura, do Sr. Anthony Garotinho, como candidato ao cargo de governante, denota um discurso fundamentalista e de segregação.

Esclarecimentos:

"Primeiramente, o Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT¨vem a público esclarecer que tem, sim, apoio financeiro de órgãos governamentais (Município, Estado e União) para a realização da Parada do Orgulho LGBT-Rio, terceiro maior evento cultural da cidade do Rio de Janeiro que hoje ocupa o lugar de maior evento comunitário, não só da cidade do Rio como de todo o nosso Estado. Também ressaltamos que a Parada não é patrocinada pela pessoa física de Sérgio Cabral Filho, governador do Estado.

"O Governo do Estado atualmente reconhece a Comunidade LGBT, que durante muitos anos foi marginalizada e privada de sua cidadania plena. Hoje, somos representados pela Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, dentro da Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, que atua no combate à homofobia.

"O Grupo Arco-Íris, fundado em 1993, tem como missão atuar para promover a melhoria na qualidade de vida de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), além de promover os direitos humanos do público LGBT. Por isso, prestamos atendimento à comunidade LGBT e encaminhamos mensalmente vários casos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais vitimas de preconceitos, violência física, verbal a esta Superintendência.

"O Grupo lamenta a postura do ex-governador Garotinho, que sintetiza em sua fala o mesmo preconceito que leva a violência e morte de centenas de homossexuais em nosso país".

sábado, 1 de maio de 2010

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Casal homossexual pode adotar criança, decide STJ


Em julgamento considerado histórico pelos próprios ministros, a 4ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) reconheceu, por unanimidade, que casais formados por homossexuais têm o direito de adotar filhos.
Decisão do STJ abre precedente jurídico
A Turma, formada por cinco ministros, analisou um caso de duas mulheres que tiveram o direito de adoção reconhecido pela Justiça Federal do Rio Grande do Sul. O Ministério Público do Estado, porém, recorreu ao STJ. Nesta terça-feira, o tribunal negou o pedido, ao entender que em casos do tipo é a vontade da criança que deve ser respeitada.
"Esse julgamento é histórico pois dá dignidade ao ser humano, dignidade aos menores e às duas mulheres", afirmou o relator, Luís Felipe Salomão.
"Precisamos afirmar que essa decisão é uma orientação para que, em casos do tipo, deve-se atender sempre o interesse do menor, que o de ser adotado", completou o ministro João Otávio de Noronha.

terça-feira, 20 de abril de 2010

ATO PÚBLICO EM DEFESA DA VIDA CONTRA O DESABASTECIMENTO DE ANTIRRETROVIRIAIS


Dia 28 de abril de 2010 (Quarta-Feira)
12:00h (Meio-Dia)
Praça Pio X (Candelária)
Obs.: Tragam faixas, apitos e banners
Realização: Fórum de ONGs AIDS do Rio de Janeiro
E-mail: forumongaidsrj@yahoo.com.br - Celular: (21) 9233-5728

sexta-feira, 16 de abril de 2010

REFLEXÕES SOBRE A NOTA DE MARINA SILVA

Eu achei a Nota da Marina rasa, ela diz que “Sempre que me perguntam sobre o que penso a respeito do movimento LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros), seus direitos e sua luta por leis que os protejam de discriminação, digo que reconheço a legitimidade do movimento e de suas reivindicações.” , reconhecer a legitimidade não é dizer que apóia estas lutas.

Eu reconheço a legitimidade do Movimento Neo Nazista, uma vez que ele existe ou dos Fundamentalistas Religiosos também, mas não os apoio em sua ideologia.

E em sua fala “O Estado deve assegurar a todos – sem distinção – igualdade. As políticas públicas, democraticamente aprovadas pelo Parlamento, e implementadas pelo governo, devem atender a todos”, ela submete ao Parlamento mas não efetivamente da apoio a essas políticas , é afirmar a defesa da democracia , mas não da comunidade LGBT e sua agenda.

Implicitamente ela usa o mesmo discurso dos Fundamentalistas para defender a falta de necessidade de aprovar a PL 122 , quando eles dizem que se a constituição já nos garante igualdade de direitos.

Não faço essa crítica com base em adversários políticos , ou política partidária, só tenho o desejo de reconhecer quem de fato tem algum compromisso mínimo com nossa agenda.

Assim como não se pode negar o apoio do Governo Lula ao movimento LGBT, mesmo tendo muito mais a reivindicar ao Governo, mas negar que um Governo realizar uma Conferência como foi a LGBT com a Presença do Presidente da Republica foi um marco histórico do Movimento LGBT, é no mínimo leviano.

Temos uma escolha ou um caminhar lento, com a possibilidade de até mesmo pressionar um avanço efetivo ou andarmos para trás...


Abaixo segue a íntegra da Nota Oficial da Candidata



Bom fim de Semana a todos!

O que penso a respeito do movimento LGBTs.
Postado em 14/04/2010 por Marina | Categoria(s): Geral
Quem conhece a minha história e convive comigo sabe que respeito as diferenças e sou defensora da tolerância. Acredito que são posturas essenciais para a construção da ética democrática.
Minha voz e meus atos nunca manifestaram ou manifestarão, portanto, qualquer tipo de rejeição a qualquer movimento legitimado por aquilo que costumo chamar de forças vivas da sociedade.
Sempre que me perguntam sobre o que penso a respeito do movimento LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros), seus direitos e sua luta por leis que os protejam de discriminação, digo que reconheço a legitimidade do movimento e de suas reivindicações.
O Estado deve assegurar a todos – sem distinção – igualdade. As políticas públicas, democraticamente aprovadas pelo Parlamento, e implementadas pelo governo, devem atender a todos.
Falo isso porque, nos últimos dias, um vereador de meu partido, militante do movimento LGBTs, me escreveu, com cópia para outras pessoas, dizendo que eu “escondi” a bandeira arco-íris que ele me entregou durante um evento público na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O assunto chegou a ganhar certa repercussão no universo da internet. Sander Simaglio, segundo ele escreve, teria me pedido para estender a bandeira.
Sander, um ativo militante e parlamentar, atual presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Alfenas, subiu ao palanque no momento em que o presidente do partido em Minas, Ronaldo Vasconcellos, fazia seu discurso de posse. Na sequência, solicitou que eu tirasse uma foto ao seu lado. Atendi Sander, como faço com todos os pré-candidatos do PV, para registrar aquele encontro momentâneo. Não me recordo de ter tido qualquer outro diálogo com ele.
Logo em seguida, de forma simpática e respeitosa, ele me passou a bandeira que retirou do bolso de seu paletó. Como fiz com tantas outras lembranças que me foram dadas naquele dia – livros, artesanatos e flores –, passei a oferta do vereador para a minha assessoria. Então nos abraçamos, nos despedimos, e não notei nenhum desapontamento de sua parte.
Aliás, não tive nenhuma reação surpreendente ao receber a bandeira. Receber presentes e lembranças simbólicas é um ato corriqueiro em minhas andanças pelo país.
Na condição de pré-candidata à Presidência da República, me coloco como postulante a representar todos os brasileiros, independentemente do que pensam, de sua orientação sexual, do que crêem ou de sua militância. Minha história é meu compromisso. Política deve ser feita com respeito, sem proselitismo.
Por fim, reafirmo: ainda que minha conduta moral e ética integrem valores da fé cristã, que professo, não discrimino quem quer que seja e defendo plena cidadania para todos. O mesmo espero de todas as outras pessoas, candidatas ou não.
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CASAL GAY NA EM NOVELA ARGENTINA PROTAGONIZA CENAS DE AMOR

BEM NOSSO CONSOLO AQUI NO BRASIL É VER NOSSO "HERMANOS".. rsrsrsr

A Novela “Botineras”, exibiu uma cena de sexo entre os personagens Gonzalo “Lalo” Roldán (Ezequiel Castaño) e Manuel “El Flaco” Riveiro (Christian Sancho). Ambos interpretam jogadores de futebol. A série – exibida pela Telefe -, marcou a audiência mais alta do mês para a emissora argentina. Na última terça (13) “Botineras” registrou 19.3 pontos contra 12.2 do canal El Trece, que exibida a novelas “Alguien que me Queira”. Desde o primeiro beijo gay da trama, a audiência disparou. A novela/seriado que já ocupou o quarto lugar no ranking do horário está constantemente em primeiro lugar na TV aberta.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

LEVANTA A BANDEIRA MARINA !!!!!!





MARINA E O MOVIMENTO LGBT

AMIG@S,

RECEBI ESSE EMAIL COM A CARTA DO VEREADOR SANDRE SIMAGLIO REFRENTE A POSTAGEM SOBRE MARINA TER ESCONDIDO A BANDEIRA DO MVIMENTO LGBT ...



“Senadora Marina Silva,

Permita-me, inicialmente, me apresentar:

Meu nome é Sander Simaglio, sou um jovem sonhador e lutador, nascido em Alfenas, no sul do Estado de Minas Gerais. Minha adolescência foi marcada pelos movimentos estudantil e de base dentro da Igreja Católica: Fui coroínha, catequista, fundador de grupo de jovens, diretor de DA e DCE, etc.

Me formei em Direito, em 1999, quando defendi em minha monografia de conclusão de curso, a Parceria Civil Registrada entre pessoas do mesmo sexo. Momento, em que comecei a militar no Movimento LGBT, assumindo a minha homossexualidade em público.

Em 2000, comecei a ser articulista de jornais de Alfenas e região sobre o tema e fundei o MGA - Movimento Gay de Alfenas e região sul de Minas (www.mga.org.br). Incluído na militância, fui um dos fundadores da FMH (Federação Mineira de Homossexuais) em 2001, da ABRAGAY (Associação Brasileira de Gays) em 2004. Com isso, conseguimos aprovar em várias cidades da nossa região, a Lei que Pune discriminação à pessoas em questão da sua orientação sexual, a famosa Lei Rosa.

Em 2004, fui idealizador da Parada do Orgulho LGBTTTS do Sul de MInas, que lota as ruas de Alfenas, anualmente, e que de lá pra cá tem sido incentivo de diversas outras vizinhas cidades a fazerem o mesmo, dando ainda mais visibilidade ao nosso movimento, à nossa luta. Ano passado, Alfenas recebeu 20 mil pessoas e o nosso evento foi premiado pelo Ministério da Cultura. Um verdadeiro espetáculo da cidadania, o maior ato cível de caráter político da região sul de Minas.

Em 2006, comecei minha militância no movimento de luta de combate da Aids e hoje sou um dos diretores do Fórum de ONGS Aids do Estado de Minas Gerais, que abrange todo o Estado com mais de 35 instituições filiadas. Em 2006 ainda, fui candidato pela primeira vez a um cargo eletivo e nossas ideias renderam 7.707 votos para mim, me transformando em liderança política o que se comprovou pela eleição de 2008 que me elegi vereador, o mais jovem deste mandato, o único do Partido Verde na história do Município.

Falando em PV, fundei aqui o Partido, que me apaixonei, quando conheci o então vereador Leonardo Mattos, lá em Belo Horizonte, quando lutou pela nossa causa e abraçou nossa luta por igualdade de direitos. Hoje, sou presidente do Partido que fundei lá em 2003. Leonardo Mattos é um heterossexual assumido que sempre esteve do nosso lado, defendendo nossa bandeira também no plenário do Congresso Nacional quando foi deputado federal. Léo é parceiro reconhecido do Movimento LGBTTT Mineiro assim como o é Luciano Zica, a quem envio cópia desse email. E pra fazer Justiça, não posso deixar de citar aqui alguns nomes de políticos heterossexuais que assumem o apoio à nossa luta e sempre deixaram isso claro como a Fátima Cleide, Rosinha, Cida Diogo, Marta e Eduardo Suplicy, Gabeira, Minc, e tantos outros.

Hoje, como vereador, sou Primeiro Secretário da Mesa Diretora da Casa, Presidente da Comissão de Direitos Humanos, Presidente da Frente Parlamentar de Luta contra HIV/AIDS, Tuberculose e Hepatites Virais da Câmara, Presidente da Frente Parlamentar Pró-Defensoria Pública, Relator da Comissão Permantente de Obras e Serviços Públicos, representante do Legislativo como titular no CODEMA - Conselho Deliberativo do Meio Ambiente e do Conselho Superior da UNIFAL (Universidade Federal de Alfenas) e sou suplente no CONDEPHAL (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico de Alfenas). Minhas ações parlamentares podem ser acompanhadas pelo meu site: www.sandersimaglio.com.br

Muito bem senadora. Como fiquei feliz com sua vinda para o Partido que escolhi pra militar e que me reconhece como cidadão em seus valores, quando o país me nega mais de 30 direitos pela minha condição de cidadão gay.

Sempre assisti a TV Senado e acompanhei sua brilhante atuação. A senhora para mim, é um exemplo a ser seguido pela sua história de vida. Ter a senhora como presidenta desse rico país seria um sonho.

Fiquei tão feliz com sua vinda para o PV que escrevi um artigo em 26 de agosto de 2009, que além de publicar no meu site, publiquei no jornal de maior circulação em minha região. O título do artigo foi MARINA SILVA : OBAMA DE SAIA. Leia o artigo aqui: http://www.sandersimaglio.com.br/default.asp?act=leartigo&id=5
Naquela ocasião, fiz um discurso emocionado no pequeno expediente da Câmara de Alfenas, dizendo da sua vinda para o PV, da sua trajetória de vida, da felicidade que o vereador do PV sentia naquele momento, do significado da sua presença como candidata entre PSDB e PT. O áudio dessa reunião pode ser ouvido no site da Câmara.

Depois dessa minha posição pública em relação a sua candidatura, fui questionado por diversos militantes LGBTs em eventos que participo sobre sua posição o que não soube responder até então. Por ser uma referência LGBT tenho sido sempre questionado de qual seria sua posição e, confesso aqui que nunca vi nada contra nem a favor oficialmente. Sempre busquei resposta, lendo o que diz a imprensa, como por exemplo:

http://padom.com.br/candidatura-de-marina-silva-divide-militantes-do-movimento-lbgt-nacional

http://www.movimentomarinasilva.org.br/group/glbt

http://mixbrasil.uol.com.br/pride/politica/para-marina-silva-decisao-sobre-casamento-gay-nao-pode-passar-por-conviccoes-pessoais.html

Pesquisando pela internet, a gente encontra pouca coisa sobre o caso, como a senhora a favor ou contra. Não fica muito clara sua posição, como candidata à presidência do País e de um país, diverso como a senhora mesmo diz e que nessa diversidade encontram-se as pessoas que não se identificam com a regra normativa que a sociedade impõem, qual seja, a heteronormatividade.

Ainda sem resposta, recebi um convite para acompanhar a posse do novo presidente do PV Estadual, Ronaldo Vasconcellos que aconteceu ontem em Belo Horizonte e mais tarde, recebi telefonema do gabinete do deputado federal Zé Fernando, meu amigo e homem comprometido com nossa causa, pra almoçar com a senhora, o que fiz.

Pronto. Era ali mesmo que iria atuar como militante LGBTT e era ali que minha veia ativista da causa Gay ia pulsar mais forte. Saí de Alfenas, para andar 800 km num celta 1.0, nas belas estradas brasileiras e levei no bolso do meu paletó uma bandeira Gay, símbolo da nossa luta. Como eu tinha certeza que a senhora não ia ter tempo de conversar sobre, pensei em entregar-lhe a bandeira na esperança de ver sua atitude. Pensei: Se ela abrir a bandeira e mostrar pro público quer dizer que ela nos apóia e que poderíamos ter esperanças. Se ela não abrir, é porque o tema é polêmico demais para se tratar assim a público.
Ansioso para que o dia chegasse, cheguei a pensar que ali seria o momento de eu questionar isso da senhora. Pobre ilusão a minha, quando me deparei com diversos militantes verdes e a senhora rodeada de políticos. Mas a bandeira, meu símbolo, estava no bolso e eu não queria entregar-lhe de qualquer jeito, como um presente como aqueles bouquets de flores que a senhora ganhou. Para mim, a bandeira nas mãos de um candidato ou de um político representa COMPROMISSO com aquilo que acredito e, confesso, eu não estava ali só como parlamentar do PV. Eu estava ali perto da minha candidata a presidenta e como cidadão gay brasileiro.

No almoço, cheguei a tirar uma foto com a senhora, logo que chegou no restaurante. De lá, fui para Assembléia. Cheguei com quase uma hora de antecedência do evento. Tinha poucas pessoas. Minha esperança crescia porque o palco armado pra senhora tinha pouco mais de um palmo de altura e eu tinha certeza daquele momento ímpar.

Um assessor do deputado Zé Fernando me disse que a senhora ia chegar por uma porta, onde fiquei aguardando sozinho, mas quando dei por mim, a senhora já estava no palco porque tinha entrado por outra porta. Meu noivo, que estava junto de mim, me dizia: ENTREGA A BANDEIRA LOGO. Mas eu não queria assim, de qualquer jeito. Não era um presente. Era um símbolo.

Meu coração chegou a bater na garganta. Esqueci que era vereador, presidente do PV, militante verde e só pensei que antes de tudo isso, SOU CIDADÃO GAY e Fui aproximando até que consegui chegar bem perto. Era aquele o momento. Respirei mais aliviado. Estava juntinho da senhora. Em seu ouvido eu disse: Trouxe um presente pra senhora: UMA BANDEIRA GAY quando a tirei do bolso e ainda disse nos seus ouvidos: FAÇA COMO FEZ O PRESIDENTE FERNANDO HENRIQUE E O PRESIDENTE LULA: Abra e a levante com orgulho pra todo mundo ver que a senhora é uma candidata que quer dialogar conosco, 19 milhões de cidadãos LGBTs brasileiros. Vendo seu semblante de espanto, abri a bandeira pra senhora, na esperança de que a senhora iria repitir o ato de diversos políticos brasileiros que rotulamos como modernos, livres do ranso do conservadorismo e a senhora para minha surpresa, dá um jeitinho de me abraçar com uma mão e com a outra, por baixo, esconder, mais que depressa, o símbolo da luta do movimento homossexual brasileiro.
Senadora,

Não posso deixar de dizer aqui que me emocionei muito com suas palavras, com sua oratória, com seu discurso. Meus olhos se enxarcaram assim como enxarcaram os olhos do deputado Zé Fernando quando a senhora elogiou a coragem dele de deixar a candidatura de deputado que está garantida pra disputar o governo de Minas. Confesso senadora, que saí de lá ainda mais fã da senhora, mas pensando se é realmente na senhora que vou votar, se é para a senhora que vou pedir voto.

Sei que meu apoio não representa quase que nada, na dimensão de uma campanha presidencial, mas prezo pelo que eu acredito e vou em frente. O que tenho de mais importante é o voto e dou valor demais nele e é por esse motivo que estou lhe enviando este email.

Não estou enviando este email pra imprensa. Este email está indo primeiro pros políticos que estavam lá com a senhora, lideranças do meu partido e para alguns amigos gays, uns que estavam ali comigo e alguns mais.
Quero esperar uma resposta sua, da sua assessoria pelo menos, em relação à sua posição sobre a Parceria Civil entre pessoas do mesmo Sexo, entre adoção por casais homossexuais, sobre a criminalização da homofobia e sobre políticas públicas para a população LGBTTT, como por exemplo, o Programa Brasil sem Homofobia, implantado pelo Presidente Lula.
Qual sua idéia enquanto candidata a Presidente do Brasil pelo PV?
Sou pré-candidato a deputado estadual. Acabo de alugar um imóvel no centro da cidade que sou vereador e minha vontade é de junto com minha foto de candidato, colocar fotos de outros candidatos que me aceitam em primeiro lugar, como cidadão gay e não só como mais um cabo eleitoral.

Aguardando anciosamente sua colocação, me despeço e pronto para que num futuro bem próximo eu possa encontrar com a senhora novamente e lhe entregar outra bandeira gay e na certeza de que a senhora vai levantar esta bandeira com o mesmo orgulho que a senhora levanta tantas outras bandeiras.

Com todo respeito do mundo pela sua condição e pela sua religião como pessoa física e cobrando da senhora enquanto pré candidata (para quem eu vou pedir votos embaixo de sol e de chuva) e defende-la como o melhor para o Brasil e para os Barsileiros, mas não esquecendo dos 19 milhões de brasileiros diferentes dos ditos "normais" heterossexuais,

Abraços carinhosos, saudações verdes e homossexuais”

NOTA OFICIAL DA ABGLT SOBRE DECLARAÇÕES DO VATICANO REFERENTES À HOMOSSEXUALIDADE



(english version below)

A ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – é uma entidade de abrangência nacional, fundada em 1995, que congrega 237 organizações congêneres e tem como objetivo a defesa e promoção da cidadania desses segmentos da população. A ABGLT também é atuante internacionalmente e tem status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas.
Diante da declaração do Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, que afirmou nesta segunda-feira (12/04/2010) que é o “homossexualismo” (sic), e não o celibato, que deve ser relacionada à pedofilia, a ABGLT vem a público se manifestar: A ABGLT deixa claro no seu estatuto que é contra a pedofilia, seja ela praticada por pessoas de qualquer orientação sexual ou identidade de gênero, heterossexuais ou homossexuais. A ABGLT, no seu primeiro Congresso, realizado de 20 a 24 de janeiro de 2005, em Curitiba, Paraná, Brasil, deliberou pela defesa e garantia do estado laico e contra a exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes. A ABGLT entende que a pedofilia é um transtorno, conforme a Classificação Internacional de Doenças 10 - F65.4: 302.2, e que o abuso sexual de crianças e adolescentes é crime. A ABGLT mantém uma campanha permanente contra a pedofilia e o abuso sexual de crianças e adolescentes: http://www.abglt.org.br/port/luta_pedofilia.php ; Diversos estudos sobre a pedofilia e sobre o abuso sexual de crianças e adolescentes apontam que a maioria destes crimes é perpetrada por heterossexuais, sem que isto signifique que a heterossexualidade cause a pedofilia. As questões relacionadas à pedofilia propriamente dita são muita complexas e não podem se reduzir a tão simplista diferenciação baseada na orientação sexual dos agressores. O que surge de fato como tendência nos estudos é que os crimes são praticados especialmente por pessoas que têm proximidade, exercem autoridade e possuem confiança em relação às crianças e aos adolescentes, como pais, familiares, religiosos; A ABGLT não aceita esta provocação do Vaticano contra as pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBT, que não passa de uma tentativa de desviar a atenção do problema maior que se prolifera dentro do seio da Igreja Católica, o qual deve - sim - ser explicado e esclarecido para a sociedade em geral; A ABGLT defende um Estado Laico e entende que a liberdade religiosa não garante ao Vaticano o direito de julgar com suas próprias leis os seus pares que abusam de crianças e adolescentes. A ABGLT entende que religiosos que cometam crimes de abuso sexual de crianças e adolescentes, além de ter o devido acompanhamento dos serviços de saúde, devem ser submetidos às penas previstas pela lei secular, assim como o restante da população. Assim, a ABGLT se soma às demais instituições de direitos humanos e pede que o Vaticano se explique sobre estes crimes cometidos por sacerdotes católicos, e que não culpe de forma irresponsável a comunidade LGBT; A ABGLT, diferente dos setores fundamentalistas religiosos, defende a educação sexual para crianças e adolescentes, de tal modo que aprendam a ter autonomia sobre seu corpo, e a se proteger e denunciar abusos dentro de casa, nas igrejas e em qualquer outro lugar; A ABGLT convoca as organizações profissionais, de direitos humanos e LGBT, nacionais e internacionais, a se pronunciarem sobre o assunto; A ABGLT espera que o Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, tenha o mínimo de respeito para as famílias das crianças abusadas por padres e bispos da Igreja Católica, e que, ao invés de jogar a culpa de seus escândalos para a comunidade homossexual, reflita sobre o passado e o mal que historicamente a Igreja tem feito aos negros, deficientes, mulheres, judeus, ciganos, homossexuais e crianças e adolescentes em todo o mundo. Será que futuramente a Igreja vai pedir perdão também aos homossexuais por mais este erro que está cometendo agora? Viva o Estado Laico. Pelo direito da Educação Sexual de crianças e adolescentes, pela punição (conforme as leis seculares) de religiosos que abusam sexualmente de crianças e adolescentes, por uma nova Igreja que respeite os direitos humanos de todos os cidadãos e todas as cidadãs, sem distinção de qualquer natureza.
Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais

OFFICIAL ABGLT POSITION ON VATICAN STATEMENTS ABOUT HOMOSEXUALITY

ABGLT – the Brazilian Lesbian, Gay, Bisexual and Transgender Association – is a national network, founded in 1995, currently having 237 member organizations throughout Brazil. Its mission is to defend and promote the citizenship of these segments of the population. ABGLT is also active on the international scenario and has consultative status with the United Nations Economic and Social Council.

In the face of the statement made by the Vatican’s Secretary of State, Cardinal Tarcisio Bertone, this Monday (12/04/2010) that it is “homosexualism” (sic), and not celibacy, that should be related to pedophilia, ABGLT publicly manifests itself as follows:
In its by-laws, ABGLT makes it clear that it is against pedophilia, regardless of the sexual orientation of gender identity of those who practice it, whether they be heterosexual or homosexual. During its 1st Congress, held on January 20th to 24th 2005, in Curitiba, Paraná, Brazil, ABGLT decided in favour of the defence of the Secular State and against the sexual exploitation and abuse of children and adolescents. It is ABGLT’s understanding that pedophilia is a disorder, as per the International Classification of Diseases 10 - F65.4: 302.2, and that the sexual abuse of children and adolescents is a crime. ABGLT has a permanent campaign on its website against pedophilia and the sexual abuse of children and adolescents: http://www.abglt.org.br/port/luta_pedofilia.php;

Many studies on pedophilia and the sexual abuse of children and adolescents indicate that the majority of these crimes is perpetrated by heterosexual people, without this implying that heterosexuality causes pedophilia. The issues relating to pedophilia itself are very complex and cannot be reduced to a simplistic differentiation based on the sexual orientation of the aggressors. What does arise as a tendency in the studies is that the crimes are committed by people who are close to, hold authority over and count on the trust of the underaged, such as parents, relatives, priests;

ABGLT does not accept this provocation by the Vatican against Lesbian, Gay, Bisexual and Transgender (LGBT) people, which is nothing more than an attempt to draw attention away from the more important problem that proliferates within the bosom of the Catholic Church, and which undoubtedly should be explained and clarified to society in general;

ABGLT defends the Secular State and understands that religious freedom does not give the Vatican the right to judge with its own laws its peers who abuse children and adolescents. ABGLT maintains that ordained people who commit the crime of sexual abuse of children and adolescents, in addition to receiving due healthcare, must be subject to the penalties provided for by secular laws, in the same way as the rest of the population. As such, ABGLT joins other human rights organizations and demands that the Vatican provide an explanation regarding the crimes committed by catholic priests, and that it does not blame the LGBT community in this irresponsible manner;

ABGLT, differently to fundamental religious sectors, defends sexual education for children and adolescents, in order for them to learn to have autonomy over their bodies, and learn to protect themselves from and report abuse at home, in churches, and wherever else it may occur;

ABGLT calls on professional, human rights and LGBT organizations, both national and international, to make pronouncements on this matter;

ABGLT hopes that the Vatican’s Secretary of State, Cardinal Tarcisio Bertone, will be capable of showing the minimum of respect to the families of the children abused by priests and bishops of the Catholic Church, and that, instead of placing the blame of its scandals on the homosexual community, it reflects on the past and on the harm that the Church has historically caused to Black people, the disabled, women, Jews, gypsies, homosexuals and children and adolescents throughout the world. Will the Church, in the future, also ask forgiveness of the homosexual community for yet another injustice it is committing now?

Long live the Secular State. For the right for children and adolescents to have Sexual Education, for the punishment (under secular laws) of ordained people who sexually abuse children and adolescents, for a new Church that respects the human rights of all citizens, indiscriminately.

ABGLT - Brazilian Lesbian, Gay, Bisexual and Transgender Association

"Marina Silva não quer debater em público questões gays", diz vereador assumido do PV


Marina, Evangélica e da Asembléia de Deus já tinha defendido quando ainda era Ministra do Meio Ambiente o Ensino Religioso nas Escolas.
É importante ficarmos atentos, pois como diz mesmo a Bíblia “Não se pode servir a dois Deuses”.



Sander Simaglio é gay assumido e vereador pelo Partido Verde (PV) de Alfenas, cidade do interior de Minas Gerais. Marina Silva é candidata à Presidência da República pelo mesmo partido.

O parlamentar tinha o sonho de ver a sua candidata empunhar a bandeira do arco-íris, símbolo da comunidade gay no mundo inteiro, assim como tinham feito Fernando Henrique Cardoso e Luis Inácio Lula da Silva, os dois últimos presidentes do país.

Porém, o vereador teve o seu sonho frustrado ao ver Marina Silva esconder a bandeira que entregou de presente. O fato se deu na posse do novo presidente do PV de Minas, Ronaldo Vasconcellos, quando a candidata à Presidência fez discurso no evento. Em mensagem encaminhada a Marina Silva, o vereador faz um relato dos momentos anteriores à entrega da bandeira.

"Saí de Alfenas para andar 800 quilômetros e levei no bolso do meu paletó uma bandeira gay, símbolo da nossa luta. Como eu tinha certeza que a senhora não ia ter tempo de conversar sobre, pensei em entregar-lhe a bandeira na esperança de ver sua atitude". Em seguida o vereador refletiu sobre a atitude da ex-senadora.

"Pensei", escreveu Simaglio, "se ela abrir a bandeira quer dizer que ela nos apoia e que poderíamos ter esperanças. Se ela não abrir, é porque o tema é polêmico demais para se tratar assim em público", refletiu o vereador.

Simaglio revela que, ao chegar ao local do encontro, Marina Silva estava "rodeada de políticos. Mas a bandeira estava no bolso e eu não queria entregar-lhe de qualquer jeito, como um presente, como aqueles buquês de flores que a senhora ganhou", desabafou.

Para o vereador, a bandeira do arco-íris na mão de um candidato representa "compromisso". Simaglio confessou a Marina que não estava ali apenas como "parlamentar", mas também como "cidadão gay brasileiro".

Sobre o momento de entregar a bandeira, Simaglio conta: "Era aquele o momento. Respirei mais aliviado. Estava juntinho da senhora. Em seu ouvido eu disse: 'Trouxe um presente para a senhora: uma bandeira gay'. Quando a tirei do bolso, disse nos seus ouvidos: 'Faça como o presidente Fernando Henrique e o presidente Lula, abra e a levante com orgulho pra todo mundo ver que a senhora é uma candidata que quer dialogar conosco, 19 milhões de cidadãos LGBTs brasileiros'."

Ao entregar a bandeira a Marina Silva, o vereador diz que reparou no "semblante de espanto" da ex-senadora. "Abri a bandeira para a senhora, na esperança de que iria repetir o ato de diversos políticos brasileiros que rotulamos como modernos, livres do ranço do conservadorismo e a senhora, para minha surpresa, deu um jeitinho de me abraçar com uma mão e com a outra, por baixo, esconder, mais que depressa, o símbolo da luta do movimento homossexual brasileiro", conta.

Sander Simaglio diz que saiu do evento admirando ainda mais a senadora, mas levanta um questionamento. "Confesso, senadora, que saí de lá ainda mais fã da senhora, mas pensando se é realmente na senhora que vou votar, se é para a senhora que vou pedir voto". O vereador disse esperar um posicionamento de Marina Siilva a respeito do PLC 122, que criminaliza a homofobia, e da parceria civil, e que aguarda outra oportunidade para entregar a bandeira à candidata e vê-la empunhar o símbolo da comunidade gay.

No fim da mensagem, Simaglio se apresenta como candidato a deputado estadual pelo Estado de Minas Gerais, e reforça a sua admiração pela senadora. "Aguardo ansiosamente sua colocação, me despeço e pronto para que num futuro bem próximo eu possa encontrar com a senhora novamente e lhe entregar outra bandeira gay, com a certeza de que a senhora vai levantar esta bandeira com o mesmo orgulho que a senhora levanta tantas outras", finaliza.

Sander Simaglio confirmou à reportagem do site A Capa as informações a respeito da postura de Marina Silva e afirmou que a candidata não quer discutir em público as questões LGBT, pois teme "perder apoio da comunidade evangélica".