segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Polícia de Nova York classifica suicídio de jovem gay como "crime de ódio" .



A Polícia de Nova York vai indiciar três alunos devido ao suicídio de Jamey Rodemeyer, 14 anos, encontrado morto no último domingo (18).

A Polícia declarou que está investigando as mensagens deixadas nos perfis de Jamey em redes sociais que o incentivavam ao suicídio por conta de sua orientação sexual.

Jamey Rodemeyer de 14 anos, que foi intimidado online com insultos por ser gay 8durante mais de um ano.

Os pais do adolescente, amigos e até mesmo Lady Gaga, que era seu ídolo, expressaram indignação com o que dizem foi o tormento implacável em sites de redes sociais.

De acordo com os seus pais o bullying já tinha começado na escola anterior. Jamey tinha dito a familiares e amigos que tinha sido alvo de comentários de ódio na escola e online, na sua maioria relacionados com a sua orientação sexual.

Jamey foi encontrado morto fora de sua casa domingo de manhã, mas a polícia Amherst não divulgou todos os detalhes sobre como se matou. Jamey acabou com a sua vida pouco depois de postar uma despedida online.
Lady Gaga opinou sobre a situação via twitter: "O Bullying deve tornar-se ilegal é um crime de ódio". Na noite passada twittou: "Estou em reunião com o nosso Presidente. Eu não vou parar de lutar. Isto tem de acabar. A nossa geração tem o poder de acabar com isto."

Segundo estatísticas levantadas nas ecolas brasileiras, 28 por cento dos estudantes entre 12 e 18 relataram que foram vítimas de bullying na escola durante o ano letivo de 2008-2009. Os valores chegam a 90% se falaramos de estudantes LGBT.

Algumas escolas têm proibido o acesso a sites como YouTube e Facebook como forma de limitar o âmbito das agressões on-line. Mas a verdade é que muitas vezes estes sites são os únicos locais onde os jovens LGBT podem falar abertamente sobre o seu sofrimento.

Jamey manteve durante meses um blog sobre as agressões de que era vítima e os seus pensamentos sobre suicídio.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Parada do Rio ganha lançamento com show de Isabella Taviani.




A 16ª edição da Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro rola no dia 9 de outubro, mas a movimentação para a manifestação começa já na próxima segunda-feira, 12, com um show especial da cantora Isabella Taviani, do hit “Diga sim pra mim”, a partir das 20h, no Teatro João Caetano.

Com entrada a preço popular, R$ 1,99, o pocket show de Isabella abre a programação da diversidade carioca, além de animar a noite onde a própria cantora será homenageada por suas canções voltadas para o público LGBT. A classificação etária do show é de 18 anos e a capacidade do teatro é de 1.143 pessoas.

A noite vai contar com apresentação e pinta das drags Meime dos Brilhos e Sula Lastorini e com a presença de intérpretes como Jane Di Castro, Elza Ribeiro, Juliana Farina, Aline Ramos e Biano Rafa, inspirad@s no musical “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque de Holanda.

Vai rolar também pequenos esquetes teatrais com Lorna Washington, Rose Bombom, Suzy Brasil, Regine de Mônaco, Karina Karão, Kayka Sabatella, Sarah Stevens, Veluma, Luiza Gasparelli, Desirré e grande elenco. Luiza Moon, Núbia Pinheiro, Danny D´Avalon e Eula Rochard recebem o povo na porta.

A 16ª Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro será realizada no dia 9 de outubro, um domingo, na orla de Copacabana, com expectativa de levar 1,5 milhões de pessoas à rua. O Teatro João Caetano fica Praça Tiradentes, s/nº - Centro.

Lésbicas denunciam negligencia no atendimento no SUS.


Lésbicas no Rio denunciam que médicos deixam de solicitar, durante consultasginecológicas, o exame que pode ajudar a prevenir o câncer de colo de útero porque elas não mantêm relações sexuais com homens.

O Grupo Arco-Íris informou que constatou o problema na rede de saúde pública e privada da capital fluminense. Numa pesquisa qualitativa, todas as 20 mulheres entrevistadas relataram que depois de revelada sua orientação sexual os médicos não pediram o exame.

O levantamento constatou também que entre as lésbicas, as que têm identidade maismasculinizada são menos submetidas ao preventivo que as demais.

Diante do problema, o Fórum de Mulheres Lésbicas e Bissexuais do Estado do Rioquer que o foco das campanhas sobre DST e aids não seja apenas os travestis e homossexuais. Para as ativistas, é preciso divulgar mais informação sobre atransmissão de DST entre mulheres que fazem sexo com mulheres e aprofundar projetos de sensibilização com as secretarias de Saúde.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Irã executa três homens acusados de homossexualismo.

Três homens iranianos foram executados no último domingo depois de condenados por homossexualismo, informou uma agência semi-oficial do país. Segundo o jornal inglês "Guardian", os três foram

identificados apenas pelas iniciais de seus respectivos nomes e enforcados na cidade de Ahvaz, ao sul do país.

- Os três condenados foram sentenciados à morte com base nos artigos 108 e 110 do código penal do Irã, por atuar contra a Lei Islâmica - informou a agência Isna.

A ONG Direitos Humanos do Irã, com base na Noruega, afirma que os homens foram acusados de manter relações sexuais com outros homens. Mas não ficou claro nem se as acusações eram de fato legítimas ou se lhes foram simplesmente impostas. De acordo com a agência Isna, eles ainda foram condenador por roubo e sequestro.

A execução deste domingo é a primeira em anos sentenciada com base na sexualidade dos réus. No passado, submeter homossexuais à pena de morte era comum no Irã, mas os condenados eram comumente ligados a outros crimes que também levavam à execução, como o estupro de homens.

- As execuções por sodomia estão entre os casos raros em que autoridades iranianas admitem a execução de homem por atos homossexuais. Mas elas costumam mascarar tais penas atribuindo outros crimes à sentença, como o estupro. Mas neste caso, não há nenhuma menção à agressão sexual - disse Mahmood Amiry-Moghaddam, porta-voz da ONG Direitos Humanos do Irã.

Mohammad Mostafaei, um conhecido advogado do Irã, já representou muitos acusados de homossexualismo em seu país e hoje vive em exílio na Noruega. Em entrevista ao "Guardian", ele disse acreditar que os homens executados no domingo são inocentes.

- Não devemos esquecer o que o presidente Mahmoud Ahmadinejad disse em um discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Ele disse que não há homossexuais no Irã e ninguém é punido por ser gay em seu país. Mas muitas pessoas inocentes foram (recentemente) sentenciadas à morte ou enforcadas em bases secretas por acusações ambíguas no Irã - explicou Mostafaei.

Cotado para prêmio, Jean Wyllys diz que Congresso tem "vários Bolsonaros".


Há pouco mais de um ano, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) começava de maneira tímida a sua campanha por uma vaga no Congresso. Um dos principais ativistas na luta pelos direitos LGBT, hoje ele é um dos favoritos a receber o prêmio Congresso em Foco, que elege o melhor parlamentar do ano, e desfruta de um status inusitado para alguém que acaba de ingressar na vida política.

"Se eu disser que não esperava todo esse sucesso, estaria mentindo", garante Wyllys, que ficou famoso em todo o país após vencer uma edição do programa Big Brother Brasil. "Só não esperava que isso aconteceria tão rápido. Houve toda uma conjuntura que ampliou a visibilidade da luta pelos direitos dos homossexuais nesse ano e acabou me beneficiando, como a questão do kit anti-homofobia. Mesmo assim, eu sempre tive a consciência de que, uma vez eleito, teria repercussão e faria um bom trabalho".

Um Congresso que absolve Jaqueline Roriz não tem cara para exigir honestidade

Hoje, o ex-BBB lidera a disputa pelo título de melhor parlamentar na frente de figuras conhecidas da política brasileira, como Chico Alencar (PSOL-RJ), ACM Neto (DEM-BA) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ). No Twitter, ele é um dos deputados federais com maior número de seguidores: 56 mil. Apesar da popularidade, Jean Wyllys reconhece que trava uma batalha árdua pelos direitos LGBT num Congresso que ele considera cheio de "Bolsonaros" escondidos.

"Bolsonaro é uma caricatura dos grupos conservadores e homofóbicos. No entanto, gente como ele prevalece no Congresso", lamenta o deputado. "Os conservadores estão em maior número e tem muita força política. Há vários que pensam exatamente como ele entre os deputados, só não abrem isso para o público".

O preconceito por defender uma causa polêmica foi apenas o primeiro item na lista de dificuldades que Jean Wyllys teve em Brasília. Antes, ele teve que viver com o estigma de ser visto apenas como "um ex-BBB".

"Eu fiz uma campanha com pouquíssimos recursos, por isso não chamei muita atenção até se darem conta de que eu tinha sido eleito. Não sofri preconceito no Congresso por ser um ex-BBB, mas a mídia foi bem cruel. Alguns jornalistas achavam que eu tinha nascido num programa de televisão e que minha vida se resumia àquilo. No entanto, mostrei a eles com o meu trabalho que não é bem assim", conta o deputado, que tenta fugir da imagem de um político concentrado excluisvamente em uma causa. "Assinei o pedido da CPI da Corrupção, mas não vejo muita esperança. Um Congresso que absolve Jaqueline Roriz não tem cara para exigir honestidade".

Urnas x Twitter

Apesar do sucesso nas redes sociais, Jean Wyllys diz que a força na internet é bem diferente das urnas. Para o deputado, as redes sociais refletem apenas a realidade de uma minoria que tenta acompanhar de perto os candidatos em quem votou.

"A massa, a maior parte do eleitorado, não acompanha a atividade política dos parlamentares que ajudou a eleger. Não estou querendo fazer uma distinção entre um bom e um mau eleitor, mas as pessoas que seguem os políticos no Twitter geralmente estão tentando acompanhar seu trabalho. É um outro perfil de eleitor, mas que não é a maioria", avalia Wyllys. "Vale lembrar que a popularidade na internet mostra que há pessoas me apoiando no Brasil inteiro. Eu realmente tento fazer um mandato federal, representando não só o Rio, mas todo o país. Só que isso não garante voto. Não importa ter milhares de seguidores espalhados por todo o país se apenas um estado pode votar em mim".

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Ex-companheiro de artista plástico Jorge Guinle consegue reaver imóvel na Justiça .


RIO - Após mais de três anos lutando na Justiça, o fotógrafo Marco Rodrigues, de 66 anos, conseguiu reaver o apartamento no Alto Leblon onde ele viveu com o companheiro, o artista plástico Jorge Guinle Filho, que morreu de Aids em 1987. A notícia foi antecipada pela jornalista Lu Lacerda em seu blog. Marco já fez a sua mudança, mas a disputa pelo imóvel com Estevão Wermann, que foi amigo de Jorginho Guinle (pai do artista plástico) e comprou o espólio, continua, no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Segundo o advogado André Chateaubriand Martins, ainda há o julgamento do recurso impetrado por Wermann no STJ. Enquanto isso, Marco comemorou e pôde voltar ao lar graças a uma decisão judicial de cumprimento provisório de sentença:

- É um momento de alegria. Nunca duvidei de que voltaria para a minha casa.

Aos 17 anos de união, o quadro de saúde de Jorge se agravou e a família o levou para Nova York, onde ele morreu. Ainda numa época que a união estável homoafetiva não era reconhecida, a Justiça acabou não reconhecendo a sociedade entre os dois. Com isso, os herdeiros Dolores Brosshard (mãe de Jorginho) e Wermann entraram com uma ação de reintegração de posse e, em fevereiro de 2008, Marco foi despejado do apartamento.

Os advogados entraram com ação de usucapião urbano e, em 2009, Marco ganhou a briga na Justiça, em primeira instância. O dono do espólio recorreu à segunda instância e perdeu. Agora, cabe a decisão do STJ.

A luta de Marco foi considerada pioneira no Brasil e ajudou vários casais gays. A disputa pelos bens chamou a atenção da sociedade carioca. Em 1989, o juiz José Bahadian reconheceu a validade de um testamento deixado por Jorge Guinle, no qual ele declarou que Marco tinha direito à metade dos seus bens. O assunto foi parar na primeira página do jornal "The Washington Post". A família apresentou um segundo testamento, ligeiramente modificado pelos juízes, que concederam 75% da herança para a mãe e 25% para o pai.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Kassab veta Dia do Orgulho Heterossexual.


O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, vetou o "Dia Municipal do Orgulho Heterossexual", segundo publicação do Diário Oficial de hoje. O prefeito já havia declarado à imprensa que não aprovaria o projeto. Os vereadores da Câmara de São Paulo aprovaram no último dia 2, em segunda votação, o Projeto de Lei número 294/05, de autoria do vereador Carlos Apolinário (DEM). A data seria comemorada em dezembro. Apolinário negou estar incentivando a violência contra os homossexuais e disse que "o projeto é um protesto contra os privilégios dados aos gays."

Segundo o texto publicado hoje, a provação do projeto iria promover o preconceito. "O texto da 'justificativa' que acompanhou o projeto de lei descreve, em vários trechos, condutas atribuídas aos homossexuais, todas impregnadas de sentimentos de intolerância com conotação homofóbica." Dessa forma, é possível entender "que apenas e tão só a heterossexualidade deve ser associada à moral e aos bons costumes, indicando, ao revés, que a homossexualidade seria avessa a essa moral e a esses bons costumes."

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, vetou o "Dia Municipal do Orgulho Heterossexual", segundo publicação do Diário Oficial de hoje. O prefeito já havia declarado à imprensa que não aprovaria o projeto. Os vereadores da Câmara de São Paulo aprovaram no último dia 2, em segunda votação, o Projeto de Lei número 294/05, de autoria do vereador Carlos Apolinário (DEM). A data seria comemorada em dezembro. Apolinário negou estar incentivando a violência contra os homossexuais e disse que "o projeto é um protesto contra os privilégios dados aos gays."

Segundo o texto publicado hoje, a provação do projeto iria promover o preconceito. "O texto da 'justificativa' que acompanhou o projeto de lei descreve, em vários trechos, condutas atribuídas aos homossexuais, todas impregnadas de sentimentos de intolerância com conotação homofóbica." Dessa forma, é possível entender "que apenas e tão só a heterossexualidade deve ser associada à moral e aos bons costumes, indicando, ao revés, que a homossexualidade seria avessa a essa moral e a esses bons costumes."

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Casal de lésbicas tem dupla maternidade reconhecida pela Justiça.


De mochila cor-de-rosa e tiara da mesma cor, Kaylla Brito Santarelli, 3, é símbolo de uma conquista. Ela é fruto de um arranjo inédito de dupla maternidade reconhecida pela Justiça.

A garota de Jandira (Grande SP) vai se tornar a terceira criança brasileira a ter o nome de duas mães na certidão de nascimento. Até 10 de setembro, Kaylla receberá o novo documento. Nele constará o nome de Janaína Santarelli, 29, que a gerou, e o de Iara Brito, 25, que a adotou na condição de companheira da mãe biológica.

"O importante para a criança é que tenha figuras significativas que exerçam as funções parentais, independente de suas opções sexuais", diz a sentença da juíza Débora Ribeiro. O processo para reconhecer Iara como mãe da criança teve início em 2008. "Todos temos direito a formar uma família", diz Janaína. Ela realizou o sonho da maternidade após fazer uma fertilização com um doador desconhecido. Iara, com quem vive desde 2004, acompanhou todo o processo.

Kaylla chama Janaína de "mamãe" e Iara de "manhê". "Ela sempre diz que tem duas mães", afirma Iara. O casal vai relatar a experiência hoje em uma mesa redonda intitulada "Mulheres, lésbicas e relações familiares", promovido pela Secretaria de Estado da Justiça no Pateo do Collegio, na região central de São Paulo. O evento faz parte da programação do Dia da Visibilidade Lésbica, festejado ontem.

Cléo Dumas, especialista em direito homoafetivo, afirma que existem outros dois casos de dupla maternidade reconhecida no país. Um em São Paulo, no qual uma mãe gerou a criança e a sua parceira doou o óvulo. E outro no Pará, onde uma criança de abrigo foi adotada por um casal de lésbicas.

Além de provar que vivem uma relação estável, os casais passam por uma avaliação psicológica. Em Jandira, o estudo diz que Janaína e Iara "proporcionam a Kaylla ambiente saudável, afetivo e favorável ao desenvolvimento". O medo das mães era de que a filha fosse vítima de preconceito. Encontraram apoio dos familiares e na escola dela. Kaylla e os colegas não comemoram Dia das Mães ou dos Pais. "A escola instituiu o Dia da Família."

Homem mata e tira fígado da vítima para comer porque ele era gay.


Na manhã de hoje, quinta-feira (25) um homem foi encontrado morto dentro de sua residência no centro de Alfenas (MG) na Rua Américo Totti. Pessoas que transitaram na frente da casa, por volta das 7hs, viram sangue escorrendo na garagem e chamaram a Polícia Militar.


Os militares chegaram imediatamente ao local, arrombaram a porta e encontraram o corpo mutilado do cabeleireiro Gilvan Firmino Pereira, mais conhecido como Willians, atrás de um sofá, na sala de sua casa.

Funcionários de estabelecimentos comerciais vizinhos revelam que a vítima é natural de Recife. Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu aproximadamente às 3h, quando vizinhos disseram ter ouvido gritos.
De acordo com oo Cabo Nelson, responsável pela ocorrência, após o levantamento das características, Fernando Alves, de 20 anos, foi localizado e detido ainda pela manhã, menos de meia hora após a polícia ser acionada, portando duas facas em uma Kitnet próxima ao Hospital Universitário Alzira Vellano. Ao ser preso, o assassino confessou o crime.

Durante a coletiva de imprensa que ocorreu nesta tarde (quinta-feira, 25) na Delegacia de Alfenas, Fernando revelou que além de retaliar o corpo, retirou o fígado da vítima e assou em uma sanduicheira elétrica para comer. "Estava sem sal, a carne era ruim então dei para o cachorro", revela sem esboçar arrependimento.

Após a coletiva foi realizada a reconstituição do crime onde o assassino revelou os mínimos detalhes de como o crime aconteceu. No local, representantes do Movimento Gay de Alfenas, manifestavam contra homofobia. André Novais, representante do movimento, pede que a justiça seja feita e parabeniza a polícia pela rápida ação ao prender o autor. Ele lembra o caso que ocorreu em Campos Gerais este ano, quando a travesti Paulinha foi assassinada com 31 facadas. " Diferente daqui, em Campos Gerais o assassino ainda está perambulando nas ruas", diz. André alerta as autoridades quanto ao aumentando da violência contra homossexuais não só em grandes cidades, mas também no interior.

Segundo o delegado Leonardo Bueno Procópio, encarregado pelo caso, a vítima acolhia o assassino em sua casa para usar drogas. Neste dia Fernando foi despejado e procurou abrigo na casa de Gilvan, ele chegou a levar alguns de seus pertences e seu cachorro.

O delegado revela que primeiro a vítima tentou ter relações com o autor que se recusou. Em seguida eles foram comer em uma lanchonete das proximidades, Fernando voltou na frente e esperou Gilvan com a faca na cintura. Quando este chegou a sua residência houve uma segunda tentativa de assédio. Neste momento dois conhecidos do assassino, Fábio Silva de 31 anos e Ricardo Bressane Neves de 20 anos, foram até a porta da residência em uma motocicleta que ficou estacionada pouco abaixo da garagem.
Ricardo, que pilotava a motocicleta, disse ter ido até o local atendendo um chamado de Fernando e afirma ter descido do veículo se dirigindo até o portão onde viu o início da discussão e a primeira facada,deferida no peito da vítima, que ocorreu na garagem da casa. Assustado, o rapaz subiu na moto e foi embora. Fábio Silva teria ficado na garupa da moto e disse não ter visto o crime. Ao esfaquear Gilvan, Ferdando acabou se ferindo mão esquerda.

Fernando arrastou o corpo para dentro e se encarregou de limpar o sangue da garagem. Das 03h30min até o amanhecer Fernando revela que ficou retalhando o corpo de Gilvan. A ponta do nariz foi cortada, a boca desfigurada, inúmeros cortes pelo braços. Durante a reconstituição, Fernando disse que arrancou o pênis e o colocou na boca da própria vítima, os testículos foram atirados ao cachorro. "Ele queria me chupar, ele que chupe ele mesmo", disse Fernando sem esboçar qualquer arrependimento. Ele também abriu a barriga da vítima e arrancou as entranhas com as próprias mãos, chegando a assar o fígado e tentou comer, contudo acabou jogando para o cachorro. Fernando chegou a jogar um líquido inflamavel no corpo, no entanto desistiu de atear fogo.
Fernando ainda revela ter tingido a vítima com tinta para cabelos e descarregado um extintor de fogo dentro do corpo. Ao amanhecer o assassino foi até a padaria ao lado da residencia e tentou comprar pão e cigarros na conto da vítma. Ele então voltou para dentro da casa fez café e tomou tranquilamente diante do corpo mutilado. Antes de sair da cena do crime o assassino ainda pisou na cabeça da vítima o que resultou no esmagamento do crânio.
Segundo amigos de Fernando, que é natural de Alfenas, ele era de boa família, ganhava um bom salário como garçom e após o envolvimento com o crack sua vida desmoronou. Fernando aguardará o julgamento em regime fechado e segundo o delegado Leonardo Bueno, responderá por homicídio triplamente qualificado.




Polícia prende Assassino da Oscar Freire.


A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira o suspeito de assassinar dois homens na última terça-feira, dia 23, em um apartamento na rua Oscar Freire, zona oeste de São Paulo.


O principal suspeito do crime, Lucas Zanetti, de 21 anos, foi preso por volta das 12h de hoje. Ele foi encontrado escondido em uma casa em Sertãozinho (333 km de São Paulo).

A residência fica no mesmo bairro onde foi encontrado o carro de uma das vítimas, um Honda Civic,roubado no dia do crime junto com alguns aparelhos eletrônicos.

Mortes

O crime aconteceu na última terça-feira. Eugênio Bozola e o modelo Murilo Resende, de 21 anos, eleito Mister Piauí 2011, foram encontrados mortos por uma mulher que trabalhava como faxineira no apartamento onde moravam.

Segundo a polícia, Boloza tinha perfurações pelo corpo, enquanto Resende, estava com um saco na cabeça. Segundo a polícia, a parede estava pintada com as inscrições “C.V.”.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Foi completamente gratuito', diz arquiteto agredido na Paulista.

O arquiteto Bruno Chiarioni Thomé, de 33 anos, classificou na manhã desta segunda-feira (29) como “completamente gratuita” a agressão sofrida por ele e um amigo nas proximidades da Estação Consolação do Metrô de São Paulo, na Avenida Paulista, na madrugada de sábado (27). Thomé foi até a Central de Flagrantes da 1ª Delegacia Seccional, na região do Brás, Centro da cidade, onde o caso foi registrado, para oferecer representação para que os suspeitos respondam criminalmente.

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Nesta tarde, ele deve ir ao Instituto Médico-Legal (IML)– o arquiteto quebrou um dedo, levou sete pontos na cabeça e está com cortes e hematomas espalhados pelo corpo. A investigação será encaminhada para o 4º Distrito Policial, na Consolação, ou para a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Em seu depoimento, Thomé relatou que os agressores fizeram ofensas homofóbicas contra ele e o amigo, que haviam acabado de sair de uma casa noturna na Rua Augusta. Mesmo sem darem motivo, os dois foram confundidos com homossexuais.

“A gente deduz que era homofobia pelos xingamentos. Não havia nenhum outro motivo. Não tinha nenhuma associação com time de futebol, eles não faziam parte de nenhum grupo intolerante, nada que eles assumissem pelo menos”, afirmou o arquiteto. “A gente não tinha se encontrado antes da balada, não tinha mulher envolvida no meio. Foi do nada, completamente.”

A confusão começou nas proximidades da esquina da Rua Augusta com a Avenida Paulista, quando dois objetos foram jogados contra os dois amigos – um copo e uma pedra. A pedra acertou a cabeça do arquiteto. “Eu olhei, procurei nos lados, tinha um grupo de pessoas e eu fui na direção delas. Eu cheguei perguntando ‘o que aconteceu?’. Eles começaram a me xingar: ‘Sai daqui, viadinho’. Eu falei ‘qual o motivo, por que isso?’, aí um deles abaixou para pegar a luminária, que estava no pé dele”, contou.

Thomé e o amigo foram agredidos. Ao tentar se defender da luminária, o arquiteto acabou quebrando o dedo indicador da mão direita. No meio da confusão, eles acabaram entrando na estação de Metrô e o arquiteto conseguiu reagir e tomar a luminária das mãos dos agressores. Quando os seguranças do Metrô chegaram, os suspeitos, pelo menos três duplas, fugiram. Thomé estava com a luminária na mão.

O arquiteto afirmou que ele e o amigo não estavam próximos e não tomaram nenhuma atitude que levasse os agressores a imaginar que os dois fossem gays. “É triste, é gratuito, é de uma pobreza cultural, pobreza intelectual muito grande”, afirmou. “Fiquei nervoso, mas na hora mesmo não senti medo, senti raiva. A sorte é que era uma molecada inexperiente. Não era um pessoal escolado em briga. Se fosse skinhead a gente teria se dado realmente mal.”

Thomé também contou que costuma frequentar sempre casas noturnas na região, e que nunca havia presenciado atos de violência e intolerância. “Espero que apurem os fatos, que as pessoas passem a enxergar isso como errado, não pode virar moda, escolher alguém para bater”, afirmou. Ele também disse que espera que a polícia peça imagens da estação de Metrô que possam ajudar a identificar os suspeitos.

No boletim de ocorrência registrado no sábado, não há menção a homofobia – apenas o amigo de Thomé e um rapaz de 19 anos que também se envolveu na confusão foram até a delegacia, e o amigo não havia ouvido os insultos. Após o depoimento do arquiteto nesta segunda, o caso ficou registrado como lesão corporal dolosa e injúria qualificada por racismo.

O rapaz de 19 anos foi ouvido pela polícia e disse que passava pelo local quando ocorreu a briga. Ele afirmou também ter sido agredido pelo arquiteto. Ele só deverá ser ouvido novamente após ser definida a delegacia que vai investigar o caso.

Beijo gay causa briga em festa de aniversário em MS, diz polícia.

A Polícia Militar foi acionada na tarde de domingo (28) para conter uma briga envolvendo seis pessoas em uma festa de aniversário em Nova Andradina, a 297 quilômetros de Campo Grande. A confusão teria sido causada depois que um homem de 25 anos deu um beijo gay no parceiro.

De acordo com o boletim de ocorrência, alguns freqüentadores pediram ao homem que parasse de beijar o parceiro, mas ele teria se negado a fazê-lo. Em seguida começou a briga. Os envolvidos foram conduzidos pela PM à 1ª Delegacia de Polícia da cidade e liberados em seguida.

O caso foi registrado como lesão corporal dolosa, além de desacato, desobediência, importunação ofensiva ao pudor e resistência. Dois homens e duas mulheres apresentaram lesões e devem fazer exames no Instituto de Medicina e Odontologia Legal. A Polícia Civil informou que irá ouvir as pessoas envolvidas e encaminhar a ocorrência ao juizado especial.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Garçom confessa ter matado cabeleireiro em Minas Gerais.


O suspeito de ter matado um cabeleireiro nesta quinta-feira em Alfenas, no Sul de Minas Gerais, confessou que mutilou o corpo da vítima. O garçom Fernando Alves, de 20 anos, disse que cometeu o crime por que Gilvan era homossexual e o assediava. Segundo ele, os dois se encontravam com frequência para fazer uso de drogas. As informações são da EPTV.

O cabeleireiro trabalhava em um salão da cidade. Ele foi morto e esquartejado dentro de casa, onde morava há quatro meses, no bairro Vila Formosa.

Durante a tarde, a polícia fez a reconstituição do crime na casa de Gilvan. Ativistas dos direitos dos homossexuais fizeram protestos contra a homofobia no local.

O corpo do cabeleireiro foi encontrado depois que uma vizinha que passava em frente à casa da vítima viu o sangue escorrendo da garagem e acionou a Polícia Militar. Ao chegar ao local, os policiais viram o corpo de Gilvan Firmino Ferreira, de 25 anos, conhecido como Willians, caído no chão com o crânio amassado e ponta do nariz cortada.

Segundo a polícia, os vizinhos contaram que ouviram gritos vindos da casa por volta de 4h. A suspeita é de que o assassino era conhecido da vítima. O principal suspeito, Fernando Alves, de 20 anos, foi preso e levado para a Delegacia de Alfenas.

Video GGB -10ª Parada ORGULHO LGBT da BAHIA!

Twitter de suspeito de matar 2 na Oscar Freire fala de homofobia.


Uma conta no Twitter em nome do suspeito apontado nesta quinta-feira pela polícia como responsável por duas mortes na rua Oscar Freire (zona oeste de São Paulo), Lucas Cintra Zanetti Rosseti, 21, (@LZRosseti), mostra um jovem deslumbrado com a cidade e que diz não ser gay.

De acordo com a polícia, Rosseti misturou medicamentos tarja preta (de uso controlado) nas bebidas do analista de sistemas Eugênio Bozola, 52, e do modelo Murilo Rezende da Silva, antes de matá-los. Ele ainda escreveu CV, ZO e viado nas paredes do imóvel com sangue.

No dia 28 de julho, o autor da conta no Twitter postou: "eu nao sou gay, sou um espião! hahaha"; "estou infiltrado no mundo gay!"; e "ainda bem q homofobia ainda nao é crime kakaka" (sic).

Os últimos tuítes são do dia 22 de agosto e se referem ao aniversário de Lucas.

No dia 14, o autor dos tuítes escreveu: "paradinha rapida em campinas pra um lanche rapido! Jaja to em Sampa!" (sic). Segundo a polícia, essa é a data em que o suspeito chegou ao apartamento da vítima.

Já na cidade, o autor diz estar em um quarto no 6º andar --mesmo andar em que fica o apartamento de Bozola.

"Acordei com vontde de cometer um crime, o de pena mais longa!" (sic), diz o autor em 14 de julho.

No celular informado na conta no microblog, de Igarapava (interior de SP), ninguém atende.

De acordo com a polícia, Rosseti é natural de Igarapava e passava uma temporada no apartamento de Bozola, que também é natural daquela cidade.

CRIME

As duas vítimas morreram a facadas. O corpo de Bozola estava na cozinha do apartamento e o de Rezende em um quarto, com a cabeça parcialmente coberta com um saco plástico. A motivação do crime, conforme os investigadores, foi um desentendimento entre esse rapaz e o dono do apartamento.

A namorada de Rezende, a promoter Jaqueline Sampaio, 40, disse que por volta das 21h de segunda-feira, recebeu uma mensagem de texto do modelo em seu celular no qual ele dizia que não se sentia bem, que estava grogue.

"Tentei falar com ele mais tarde, umas 22h15, mas não consegui. Liguei na casa do Eugênio e a pessoa que atendeu disse que os dois já estavam dormindo. Acho que ele pode ter sido vítima do golpe boa noite cinderela", afirmou Sampaio.

Segundo ela, o modelo deveria se mudar para o Rio de Janeiro, onde começou sua carreira, nos próximos meses. "Estávamos planejando morar juntos", contou.

Natural de Minas Gerais, Rezende foi eleito Mister Piauí neste ano e ficou em sexto lugar no concurso Mister Brasil. O analista de sistemas é irmão do diretor-presidente da Prodesp (Companhia de Processamento de Dados de São Paulo), Célio Bozola.

Ele morava sozinho no apartamento havia 20 anos. Há cerca de três meses, ofereceu sua casa para o amigo Rezende viver enquanto fazia algumas campanhas publicitárias em São Paulo.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Realizado no Rio terceiro casamento gay do País.


Ao som de La Vie en Rose, sucesso da cantora Edith Piaf, foi realizado nesta quarta-feira (24) em um cartório do Rio de Janeiro o primeiro casamento homossexual envolvendo um militar brasileiro. João Batista da Silva, de 39 anos, cabo reformado da Marinha, casou-se com Cláudio Nascimento Silva, de 40 anos, que ocupa uma superintendência da secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos.

O casamento foi o terceiro entre homossexuais no Brasil. Os dois primeiros foram em são Paulo e em Brasília. Em maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união estável como um direito dos homossexuais. Até então, casais homossexuais só podiam firmar contratos de união estável. João Batista e Cláudio fizeram isso em setembro de 2010. A oficialização do casamento concede mais direitos às partes, como, por exemplo, em relação à herança.

"É uma vitória pessoal nossa, mas também um marco para a cidadania", afirmou João Batista, que desde maio tenta oficializar sua união com Cláudio perante a Marinha. "Quero colocá-lo como meu dependente, mas pediram 90 dias para dar resposta e até agora não se manifestaram", contou. "É uma vitória do Estado e uma mudança na história", afirmou o juiz de paz Leandro Rodrigues, a quem coube declarar os dois oficialmente casados.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Estudo mostra que o desejo bissexual existe.


Pesquisadores da Northwestern University encontraram evidências científicas de que alguns homens que se identificam como bissexuais são, de fato, sexualmente excitados por homens e mulheres

A constatação não é surpresa para bissexuais, que, há muito tempo, afirmam que a atração erótica, muitas vezes, não se limita a um sexo. Mas por muitos anos a questão da bissexualidade tem intrigado cientistas. Um estudo amplamente divulgado, publicado em 2005, também feito por pesquisadores da Northwestern University, relatou que "em relação à excitação sexual e atração erótica, a bissexualidade masculina existe e pode ser comprovada."

Mas o estudo pareceu também apoiar o estereótipo de homens bissexuais como homossexuais enrustidos. Agora, num novo estudo, publicado online na revista Biological Psychology, os pesquisadores tiveram critérios mais rigorosos de selecção dos participantes. Para melhorar suas chances de encontrar homens estimulados por mulheres, assim como homens estimulados por homens, os pesquisadores recrutaram sujeitos de espaços on-line especificamente dedicados a promover encontros entre bissexuais.

Os pesquisadores também exigiram que os participantes tivessem experiências sexuais com pelo menos duas pessoas de cada sexo e um relacionamento romântico de no mínimo três meses com pelo menos uma pessoa de cada sexo.

No estudo de 2005, por outro lado, os homens foram recrutados através de anúncios em publicações gays e alternativas e foram identificados como heterossexuais, bissexuais ou homossexuais, critério baseado em respostas a um questionário padrão.

Em ambos os estudos, os homens assistiram vídeos eróticos feitos para homens e mulheres, mostrando intimidade com ambos os sexos, enquanto sensores genitais monitoravam suas respostas em termos de ereção. Enquanto o primeiro estudo relatou que os bissexuais geralmente tinham reações físicas que se assemelhavam às de homossexuais em suas respostas, o novo estudo encontrou os homens bissexuais que responderam fisicamente aos dois tipos de vídeos, masculinos e femininos. Já os homens gays e heterossexuais que participaram do estudo não apresentaram a mesma resposta física, independentemente do vídeo exibido.

Ambos os estudos também descobriram que os bissexuais relataram excitação subjetiva para ambos os sexos, não obstante as suas respostas genitais.

— Alguém que é bissexual pode dizer, 'Bem, não posso acreditar" — comentou Allen Rosenthal, o principal autor do estudo da Northwestern University, estudante de doutorado em psicologia na universidade. — Mas esta será a resposta a muitos homens bissexuais que tinham ouvido falar sobre o trabalho anterior e que sentiram que os cientistas não os estavam reconhecendo.

O estudo da Northwestern é o segundo publicado este ano para relatar um padrão distinto de excitação sexual entre os homens bissexuais. Em março, um estudo na revista Archives of Sexual Behavior relatou os resultados de uma abordagem diferente para a questão. Como no estudo de Northwestern, os pesquisadores mostraram aos participantes vídeos eróticos de dois homens e duas mulheres. Os participantes foram também monitorados genitalmente, assim como sua excitação subjetiva. Os vídeos também incluíram cenas de relações sexuais entre homens, assim como entre uma mulher e outro homem,.

Os pesquisadores Jerome Cerny, professor de psicologia aposentada da Indiana State University, e Erick Janssen, cientista sênior do Instituto Kinsey descobriram que os homens bissexuais eram mais suscetíveis do que os heterossexuais ou gays a experimentar excitação tanto genital e quanto subjetiva, enquanto assistiam esses vídeos.

A Dra. Lisa Diamond, professora de psicologia da Universidade de Utah e especialista em orientação sexual, disse que os dois novos estudos, em conjunto, representaram um passo significativo para demonstrar que os bissexuais têm padrões de excitação específica.

— Entrevistei um monte de pessoas sobre como é desanimador quando seus próprios familiares acham que eles estão confusos ou passando por uma fase ruim ou em negação de sua condição sexual — disse ela. — Estas linhas convergentes de evidências, usando diferentes métodos e estímulos dá-nos a confiança científica para dizer que a condição bissexual é algo real.

Os novos estudos são relativamente pequenos em tamanho, tornando-se difícil traçar generalidades, especialmente desde que os homens bissexuais podem ter níveis variados de atração sexual, romântico e emocional para os parceiros de ambos os sexos.

Os estudos não revelam nada sobre os padrões de excitação entre as mulheres bissexuais. O estudo incluiu 100 homens selecionados pela Northwestern, estritamente divididos entre bissexuais, heterossexuais e homossexuais. O estudo feito por Archives of Sexual Behavior incluiu 59 participantes, entre eles 13 bissexuais confessadamente.

O novo estudo da Northwestern foi financiado em parte pelo Instituto Americano de Bissexualidade, um grupo que promove pesquisa e educação sobre bissexualidade. Ainda assim, defensores expressam sentimentos mistos sobre a pesquisa.

Jim Larsen, 53 anos, presidente do Projeto de Organização Bissexual, grupo de defesa baseado em Minnesota, disse que as descobertas poderiam ajudar bissexuais ainda estão lutando para aceitar a si mesmos.

— É ótimo que os cientistas publiquem a afirmação que a bissexualidade existe. Tendo dito isso, eles estão provando o que nós, na comunidade, já conhecemos. Eu acho que é lamentável que alguém duvide de um indivíduo que diz: 'Isto é o que eu sou e quem eu sou."

Ellyn Ruthstrom, presidente do Centro de Recursos Bissexuais em Boston, repetiu desconforto Larsen.

— Assim é a sexualidade e são as relações de estimulação sexual. Os pesquisadores querem enquadrar a atração bissexual em uma pequena categoria — você tem que ser exatamente o mesmo, atraído por homens e mulheres, e então você é bissexual. Isso é um absurdo. O que eu amo é que as pessoas expressam sua bissexualidade em tantas maneiras diferentes.

Apesar de seu louvor ao cuidado com a nova pesquisa, Dr. Diamond também observou que o tipo de excitação sexual testada nos estudos é apenas um elemento de orientação sexual e de identidade. E simplesmente interpretar os resultados sobre a excitação sexual é complicado porque o monitoramento da resposta genital para imagens eróticas em um ambiente de laboratório não pode replicar uma real interação humana, acrescentou.

— A excitação sexual é uma coisa muito complicada. O fenômeno real no dia-a-dia é extremamente confuso e multifatorial...

Site do concurso Mister Brasil faz homenagem a jovem morto em apartamento na zona oeste .


O site do concurso Mister Brasil divulgou uma nota, na terça-feira (23), em homenagem ao modelo Murilo Rezende, de 21 anos, encontrado morto junto a outro homem em um apartamento na rua Oscar Freire, na zona oeste de São Paulo, na manhã do mesmo dia.

“Para todos os candidatos e organizadores do Mister Brasil 2011, ficam a imagem do teu sorriso, as lembranças de um cara bom, disciplinado, camarada, querido por todos. Murilo siga teu caminho com muita luz e amparado por Deus”, dizia a homenagem, que pode ser vista no site.

Rezende havia sido eleito Mister Piauí 2011 e representou o Estado no concurso Mister Brasil deste ano. Ele foi encontrado morto dentro do apartamento junto com o corpo do proprietário do imóvel, Eugenio Bozola, de 52 anos. Na tarde da terça-feira, a polícia disse que encontrou manchas de sangue nas paredes do apartamento. . De acordo com o boletim de ocorrência do crime, “foi constatado que havia marcas de sangue nas paredes e nas portas com a sigla ‘CV’”.

Os corpos dos dois devem ser enterrados ainda nesta quarta-feira (24). O corpo de Bozola foi levado para o cemitério de Garapava, cidade a 440 km de São Paulo. Rezende ainda permanecia no IML (Instituto Médico Legal) central no início da manhã. Segundo a instituição, ele deverá ser liberado ainda nesta manhã.

Descoberta

A polícia chegou ao local após a diarista que trabalha no apartamento constatar que o patrão estava ensanguentado e caído na cozinha. A polícia identificou a vítima como Eugenio Bozola, de 52 anos. Ele tinha um ferimento no pescoço, mas não foi possível constatar inicialmente por que arma ele foi provocado.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a segunda vítima foi encontrada em um quarto do apartamento, próxima da cama, com a cabeça parcialmente coberta por um saco plástico.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, a síndica do prédio disse aos policiais que havia pingos de sangue na garagem e que o carro do proprietário do apartamento havia desaparecido. Não há câmeras de segurança nas dependências do prédio, e os policiais pretendem ouvir o porteiro que trabalha no turno da noite para tentar entender o que aconteceu. Segundo a Polícia Civil, uma terceira pessoa que estaria no apartamento seria o suspeito do crime.

O caso foi registrado no 14º Distrito Policial, de Pinheiros. O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) ajudará nas investigações
.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

"Foi por causa do meu cabelo", diz jovem gay vítima de agressão homofóbica em Santo André


Na madrugada da última sexta-feira (19) para sábado (20), Denilson Alves Batista, 23, estava com dois amigos em um bar no Segundo Distrito, bairro de Santo André, tomando cerveja. Por volta das 3h resolveram ir embora. Como era tarde, Denilson resolveu acompanhar um dos amigos até metade do caminho.

Quando caminhavam em direção a Praça do Bocha, quando, durante o trajeto, dois indivíduos passaram de moto e um deles gritou "loiro viado do caralho". Neste momento, relata Denilson, o seu amigo revidou os xingamentos.

Ao chegarem perto da Praça do Bocha, os garotos dão de frente para os individuos da moto. Neste momento, um deles agredide Denilson na cabeça com um capacete. "Fiquei desnorteado, quando consegui dar por mim enfiei um soco na boca do cara, que perdeu um dente. Depois disso, os outros caras vieram pra cima e me agrediram até desmaiar", contou.

Assustado, o amigo de Denilson fugiu. Por conta de chutes que levou na cara, Batista teve o queixo rasgado, onde levou cinco pontos. Denilson contou à reportagem que foi socorrido por causa de uma mulher que passava na praça e o viu na calçada desmaiado. A Polícia Militar levou Denilson para o Hospital Bangu, onde passaria por uma segunda situação de homofobia, desta vez, institucional.

"Quando os PMs me levaram pra enfermaria, um deles falou: 'encontramos este viado jogado no chão'. Eu disse que não era bem assim, que eu tinha sido vítima de agressão homofóbica e pedi para que o policial saísse da enfermaria para eu levar pontos", afirmou Denilson. Ao pedir para o PM sair, houve um inicio de confusão e Denilson foi levado para a delegacia sem curativo no queixo, que estava aberto.

Na delegacia, Denilson contou que foi tratado com descaso. "O delegado nem quis tomar o meu depoimento, só levou em conta o que os policiais falaram. Também não quis registrar como agressão homofóbica, apenas como uma briga comum", denunciou o jovem.

Denilson Alves é presidente da secretaria LGBT da União Nacional dos Estudantes (UNE) e revelou que estar do outro lado foi "horrivel". "A gente escuta histórias e nunca acha que vai acontecer com a gente", constatou. Além das dores que ainda sente pelo corpo, Alves não se conforma que a agressão tenha sido motivada pelo cabelo.

"O que mais me revolta é que tudo começou por causa do meu cabelo (loiro platinado e raspado nas laterais). Neste momento estou com mais medo e estou me privando de certos horários. Estou me limitando e só vou me produzir mais quando for a São Paulo, estes dias estou andando de touca", lamenta Denilson.

"Estou com medo de reencontrá-los [os agressores], até por que agredi um deles e este pode estar com raiva de mim", afirmou Denilson, que, apesar da situação, diz que não vai abandonar a política e que tal acontecimento o fortalece para continuar no ativismo.

Veja abaixo imagens de Denilson após a agressão. ATENÇÃO: As fotos são fortes e podem impressionar.

OAB discute casamento, adoção e herança para casais gays.


A partir de um anteprojeto de lei de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pretende propor casamento e divórcio, proteção contra a violência doméstica, acesso à adoção e à herança e também a punição em casos discriminatórios.

O projeto foi debatido e elaborado pela Comissão de Diversidade Sexual do Conselho Federal da Ordem e cria o Estatuto da Diversidade Sexual que, caso seja aprovado pelo Congresso Nacional, prevê também oportunidades iguais de trabalho e a criminalização da homofobia.

Além das questões patrimoniais, o Estatuto também dá conta da licença maternidade para casais gays e a questão intersexual. Segundo o Estatuto, fica proibida a operação em menores intersexuais, sugerindo que estes, quando alcançarem a maioridade, é que irão decidir se operam ou não.

"Ativistas gays são malandros oportunistas", diz pastor Silas Malafaia.


O pastor evangélico Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, foi entrevistado na edição desta semana da revista "Época".

À publicação, Malafaia, que é assumidamente contrário aos direitos LGBT, voltou a dizer que não apoia a aprovação do PLC 122, projeto de lei que criminaliza a homofobia no Brasil. De acordo com o pastor, "se um governante apoiar leis que privilegiam homossexuais em detrimento da sociedade, vamos cair em cima". "Hoje, sou a maior barreira que existe para aprovarem a lei que criminaliza a homofobia", disse Malafaia na entrevista, opinando ainda sobre a homossexualidade. "O homossexualismo [sic] é comportamental. Uma pessoa é homem ou mulher por determinação genética, e homossexual por preferência apreendida ou imposta. É um comportamento. Ninguém nasce homossexual. Não existe ordem cromossômica homossexual, não existem genes homossexuais. O cromossomo de um homem hétero e de um homem homossexual é a mesma coisa. O resto é falácia, é blá-blá-blá. Só existe macho e fêmea, meu amigo", falou.

Questionado se é possível alguém "deixar" de ser gay, o pastor evangélico disse que "ninguém nasce homossexual". "Nossa igreja está cheia de gente que era homossexual. O cara não nasceu (homossexual). Se não nasceu, amigo... Ninguém nasce homossexual. É uma opção, por uma série de elementos: ou porque foi violentado, ou porque escolheu por modelo de imitação. O ser humano vive por modelo de imitação", opinou.

Silas Malafaia também esnobou os dados recentes sobre a violência contra LGBT. "Os números é que vão dizer: no ano passado, 50 mil pessoas foram assassinadas no Brasil, e 260 eram homossexuais. Que índice é esse para dizer que o Brasil é um país homofóbico? Outro número: mais de 300 mulheres foram assassinadas por violência doméstica em 2010, mas ninguém fala nada. Mais de 100 crianças são assassinadas ou violentamente espancadas por dia, e ninguém fala nada. Sabe por quê? É porque por trás das editorias dos jornais, da televisão existe uma bicharada desgramada que dá toda essa ênfase para eles", disse o pastor, para quem os gays fazem "propaganda" para "poderem ter benefícios em detrimento do conjunto da coletividade social".

Sobre os ativistas gays, Malafaia os criticou, dizendo que "são uns malandros que ganham verba dos governos federal, estadual e municipal para fazer esse papel". "São uns malandros oportunistas faturando em cima da grana que as ONGs deles recebem. Essa é a verdade nua e crua. Não é pouca grana, não. E ninguém fala disso. Os ativistas homossexuais são pagos para esse serviço podre que fazem de chamar todo mundo de homofóbico."

Ao final da entrevista, o pastor respondeu uma pergunta sobre como reagiria se descobrisse que seus filhos ou netos são gays. "Daria o Evangelho para ele, diria que Jesus transforma, que ele não nasceu assim, que é uma opção dele", concluiu.

Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui.

Justiça de Ribeirão Preto determina retirada de outdoor com mensagens homofóbicas.


Movida pela Defensoria Pública de Ribeirão Preto (SP), uma liminar concedida na última sexta-feira (19) pela Justiça da cidade determinou a retirada imediata do outdoor com mensagens bíblicas colocado para condenar a homossexualidade.

A igreja "Casa de Oração", responsável pelo outdoor, recebeu um comunicado alertando para a retirada sob pena de multa de R$ 10 mil.

O outdoor foi colocado na última quarta-feira (17). Uma das mensagens escrita no painel afirma que se "um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável".

Garoto de 12 anos vence concurso de drag queen na Inglaterra.


Um garoto de 12 anos está dando o que falar na Inglaterra. O jovem que se chama Redvers Stokes causou furor no vilarejo de Sticker, na Cornualha (Inglaterra), ao participar de um concurso de drag queens e vencer. Detalhe: seus adversários eram todos adultos.

Stokes se apresentou com um vestido rosa, peruca loira, sutiã com enchimento e salto alto. Montado, ele adotou o nome social de "Naughty Nora" e desbancou todas as drags profissionais do vilarejo. O garoto fez apresentações com as músicas "Thriller", de Michael Jackson, e sucessos de Dolly Parton (famosa cantora de country music).

À imprensa local, os pais de Redvers disseram estar "muito felizes" com a vitória do filho. Após vencer o concurso, o garoto desfilou em um carro aberto pela cidade e revelou que iniciou a sua carreira com as roupas da mãe, pois quando mais novo experimentava as vestimentas de sua progenitora.

Redvers Stokes disse que se vestir de mulher é apenas um "hobby" e que gosta de "garotas". Também declarou que não vê nada de "errado" em usar roupas femininas e que ele e seus amigos se divertem fazendo isso.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Médica transsexual é agredida por três homens.


Uma médica transexual foi agredida por três homens após ser perseguida na madrugada deste domingo (14), em Porto Alegre. Fernanda Campos, de 43 anos, dirigia seu veículo quando bateu no retrovisor de outro carro onde estavam três homens que ficaram irritados e começaram a persegui-la.

A pediatra dirigiu até um ponto de táxi para pedir socorro, mas como não havia nenhum taxista no local os três homens começaram a agredí-la com pontapés, puxões de cabelo e socos. A médica apresenta diversos hematomas no rosto, dentes quebrados, lesões nos joelhos, mãos, ombros e costas, além de ter tido seus cabelos arrancados e ter perdido parte da visão em um dos olhos. Uma médica transexual foi agredida por três homens após ser perseguida na madrugada deste domingo (14), em Porto Alegre. Fernanda Campos, de 43 anos, dirigia seu veículo quando bateu no retrovisor de um outro carro onde estavam três homens que ficaram irritados e começaram a persegui-la.

A pediatra dirigiu até um ponto de táxi para pedir socorro, mas como não havia nenhum taxista no local os três homens começaram a agredí-la com pontapés, puxões de cabelo e socos. A médica apresenta diversos hematomas no rosto, dentes quebrados, lesões nos joelhos, mãos, ombros e costas, além de ter tido seus cabelos arrancados e ter perdido parte da visão em um dos olhos.

Logo após a agressão os homens fugiram e a médica registrou ocorrência na delegacia. A transexual reconheceu os agressores através da identificação da placa do veículo.

Fernanda prestou depoimento na tarde de ontem (15), à titular da 2ª Delegacia de Polícia, Adriana Regina da Costa, e contou que no começo suspeitava de um assalto ou sequestro relâmpago, mas que depois teve a certeza que se tratava homofobia pelas palavras que eles usavam para agredi-la verbalmente. A delegada afirmou que os suspeitos poderão ser indiciados por lesão ou tentativa de homicídio.

Segundo o jornal gaúcho Correio do Povo, até agora a transexual foi a única pessoa a prestar depoimento. A polícia procura testemunhas do crime e imagens de câmeras de segurança que possam servir para esclarecer o caso.

domingo, 21 de agosto de 2011

Os Padres Gays.


Em Isernia, uma cidade do sul da Italia, foram presos dois homens que estavam chantageando cerca de 100 padres gays da diocese. Eu disse 100 (cem). Os dois caras entravam nas páginas dos padres (facebook, na maioria) e xavecavam os indefesos moços de batina. Também mandavam fotos bem desinibidas e marcavam encontros. Faziam o que podiam até que o padre escrevesse uma prova inconteste de que é gay e praticante.

Carta aberta do Grupo Arco-Íris ao Presidente do PMDB Jorce Picciani .


Exmo. Sr. Presidente,

É com pesar e preocupação que o Grupo Arco-Íris de cidadania LGBT - que entre muitas das suas atividades, realiza a Parada do Orgulho LGBT do Estado do Rio de Janeiro, em Copacabana - recebeu a notícia que na Cidade de Arraial do Cabo (RJ), a Câmara Municipal aprovou a exemplo de São Paulo, na última terça (16) o projeto de lei do Dia do Orgulho Hétero, uma lei,

obscurantista, que ofende a luta por cidadania de milhões de cidadãos e cidadãs lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais no Brasil.

O Projeto de Lei nº 026/2011, de autoria do Vereador Fabrício Vargas (PMDB/RJ) que institui o dia municipal do orgulho heterossexual na Cidade de Arraial do Cabo, é baseado em motivos de fórum

íntimo pessoal, onde o mesmo alega que foi in

terpelado por amigos pastores que pediram pela realização do projeto.

É com grande temor que também recebemos a notícia de que o Deputado Federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ) apresentou recursos contra a rejeição de seu projeto de lei que cria o dia do orgulho hétero nacional, com o torpedo argumento de que o estímulo da “ideologia gay” está criando um preconceito contra heterossexuais. O projeto de lei foi

considerado inconstitucional.

É preciso deixar claro que gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais, também são, do ponto de vista biológico, homens e mulheres. A idéia de “heterofobia” não é um sentimento exteriorizado pela comunidade LGBT, tendo em vista que estes cidadãos e cidadãs nascem e desenvolvem-se numa cultura majoritariamente heterossexista, tanto no meio intrafamiliar como no meio social por onde transitam no dia-a-dia.


O conceito de orgulho, no caso da comunidade LGBT, é uma motivação que vem dar algo àqueles que nunca o tiveram antes. É utilizado como um antônimo de vergonha, que foi usada ao longo da história para controlar e oprimir indivíduos que não se adequavam aos padrões hegemônicos de orientação sexual e identidade de gênero. Nesse sentido, o orgulho LGBT é uma afirmação de cada indivíduo e da comunidade como um todo. Um conceito que preza pela igualdade de todos os cidadãos, ao colocá-los no mesmo nível, além de propiciar o sentimento de pertencimento a um todo maior.

O moderno movimento de orgulho LGBT começou após a Rebelião de Stonewall, nos Estados Unidos em 1969, quando homossexuais em bares locais reagiram aos abusos cometidos pela polícia de Nova Iorque. Apesar de ter sido uma situação violenta, deu à comunidade até então marginalizada o primeiro sentido de orgulho comum num incidente muito publicitado. A partir da Parada anual que comemorava o aniversário da Rebelião de Stonewall, nasceu um movimento popular nacional, e atualmente no mundo todo celebra-se o orgulho LGBT, inclusive na Cidade de Arraial do Cabo na região dos lagos e em mais de 20 cidades do Estado do Rio Janeiro, que realiza também em Copacabana uma das maiores Parada do gênero do mundo, com 1,5 milhões de participantes e que já contou com a presença do Governador Sérgio Cabral (PMDB) por 3 anos consecutivos, em todo o estado são realizadas mais de 30 Parada do Orgulho LGBT, levando as ruas um público total estimado em mais 3 milhões de cidadãos e cidadãs fluminenses. O movimento vem promovendo a causa dos direitos LGBT pressionando os três poderes e aumentando a visibilidade para educar sobre questões relevantes para esta comunidade. O movimento do Orgulho LGBT defende o reconhecimento de iguais "direitos, benefícios e responsabilidades" entre indivíduos LGBT e heterossexuais. O movimento tem três premissas principais: que as pessoas devem ter orgulho da sua orientação sexual e identidade de gênero; que a diversidade é uma dádiva; e que a orientação sexual e a identidade de gênero são inerentes ao indivíduo e não podem ser intencionalmente alteradas.

Analogicamente, é fartamente sabido que os heterossexuais, dentro de uma sociedade heteronormativa não são e jamais foram discriminados, constrangidos, criminalizados, presos, torturados, lobotomizados, agredidos e assassinados por conta de sua sexualidade, de maneira a minar sua autoestima. Desta forma, não precisam, como os LGBT, de expressar um orgulho com vistas de se visibilizar ou se proteger de ameaças por parte de setores da sociedade que ponham em risco a sua cidadania e dignidade humana. Como reiterou o Governador do Estado de São Paulo ao ser interpelado sobre a criação do dia do orgulho heterossexual na capital paulista nas seguintes palavras: “É ridículo. Você faz isso para defender uma minoria que está discriminada, perseguida, correndo risco. O heterossexual não está sendo perseguido, nem discriminado, não corre risco. Não tem o menor sentido”.

Não obstante, fosse o Dia do Orgulho Hétero restrito ao conceito de orgulho em si, seria menos polêmico. Afinal, nada impede que heterossexuais tenham orgulho de sua condição. O problema são os argumentos utilizados pelos seus defensores que se baseiam numa inexistente "heterofobia", e uma “ideologia gay” que ameaçam a sua orientação sexual e o seu livre direito de exercer a sua sexualidade de maneira sadia.

O Projeto de Lei vem em um momento de reação de setores conservadores às recentes conquistas que o Movimento LGBT vem galgando no espaço democrático, contribuindo para que o Brasil e principalmente o Estado do Rio de Janeiro avance no século 21, sendo realmente um país de todos e todas.

O Governo do PMDB no Estado do Rio de Janeiro promove o maior conjunto de ações de políticas públicas para a promoção da cidadania LGBT da América Latina através do Programa Rio sem Homofobia, com serviços de atendimento e acolhimento a vítimas de homofobia e discriminação nos Centros de Referência LGBT e Disque Cidadania LGBT, reconhecendo o direito dos cônjuges de seus servidores a receberem pensão, o uso do nome social de travestis e transexuais em repartições públicas, o direito a visita íntima de presidiários e presidiárias LGBT, sendo o primeiro estado a incluir em seus Registros de Ocorrência o motivo presumido homofobia gerando dados oficiais que corroboram com as narrativas de violência do Movimento LGBT confirmando a necessidade de tais ações e criação do Conselho de direitos da população LGBT do Estado do Rio de Janeiro, entre tantas outras pioneiras iniciativas. Além de realizar a histórica campanha midiática de conscientização e respeito aos cidadãos e cidadãs LGBT do Rio de Janeiro com lançamento realizado com a presença do governador Sérgio Cabral, comprovando o compromisso de promover uma sociedade mais justa e igualitária.

Não apenas na esfera estadual que o Rio de Janeiro é vanguarda na promoção da cidadania LGBT a cidade do Rio também tem dado passos neste sentido com a criação pelo Prefeito Eduardo Paes (PMDB) da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual, ligada ao seu gabinete que regulamentou o uso de nome social de travestis e transexuais em suas repartições, lançou a campanha Rio sem Preconceito e vem fomentando o turismo LGBT na cidade que é o melhor destino gay do mundo entre outras ações.

No legislativo estadual o PMDB possui em seus quadros nomes que também defendem arduamente a cidadania LGBT e os Direitos Humanos como o Deputado Paulo Melo, que preside a ALERJ. Tais quadros, ações e posicionamentos demonstram que o Partido do Movimento Democrático Brasileiro do Estado do Rio de Janeiro o PMDB/RJ é comprometido com a promoção dos direitos das minorias não podendo macular um trabalho construído a quatro mãos com a aprovação de desqualificados projetos de lei.

Por fim, pedimos a Presidência do Partido que encaminhe ao Prefeito da cidade de Arraial do Cabo o Exmo. Sr. Wanderson Cardoso de Brito, filiado ao PMDB, uma carta explicativa solicitando que o mesmo a exemplo do Prefeito da Cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, que VETE este projeto de lei, pois reconhecemos que o PMDB tem como um dos seus objetivos a inclusão de todos os setores da sociedade que são historicamente marginalizados. Ressaltamos que quando da proposição na capital paulista, até a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) classificou como desnecessário a criação do dia, pois entende que seria uma provocação as minorias que ainda tem muito de seus direitos negados (matéria publicada na Folha de São Paulo no dia 11 de agosto do presente ano) e que a mesma carta encaminhada ao prefeito de Arraial do Cabo, seja encaminhada ao Deputado Federal Eduardo Cunha (PMDB) e que o mesmo retire definitivamente tal projeto da Câmara Federal, não fazendo com que o Rio de Janeiro torne-se o exemplo negativo do país e não maculando a imagem do PMDB de partido comprometido com as lutas e com as causas das minorias historicamente alijadas socialmente, provocando uma onda de retrocesso e conservadorismo no Brasil, comprometendo a dignidade humana e a cidadania de milhões de LGBT

Nossos votos de estima e consideração.



Julio Moreira

Presidente

GRUPO ARCO-ÍRIS DE CIDADANIA LGBT
Rua do Senado, nº 230 - cob.01 - Centro - RJ
tels. 21 2222.7286 / 21 2215.0844
De segunda a sexta-feira das 13hs às 20hs

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Beijo gay é considerado impróprio para menores de 18 no Youtube.


Um vídeo que mostra um beijo entre dois homens, postado no Youtube como um protesto contra a censura a beijos gays na televisão, foi classificado como impróprio para menores de 18 anos e teve seu acesso restringido no site.

No vídeo, dois homens simulam uma cena de novela em que um deles reclama que o outro não quer beijá-lo na frente dos outros e antes das 22h. O namorado argumenta que essa restrição não existe e que a classificação indicativa para beijos gays e héteros é a mesma. A cena termina com um beijo entre os dois.

Para o diretor e ator do vídeo, Rafael Puetter, houve censura do Youtube. Uma mensagem no site, porém, afirma que a restrição foi feita pelo próprio autor.

"Foi uma censura a uma crítica à censura. O vídeo critica a televisão por não mostrar beijos [gays], e, na internet, que teoricamente é livre, eles classificam como impróprio?", diz o diretor, cujo vídeo já teve mais de 60 mil visualizações.

Puetter se refere a decisões do SBT e da Globo de cortar cenas de beijos gays e discussões sobre relações homossexuais em novelas.

Um texto no Youtube afirma que restrições podem ocorrer quando há cenas de sexo e nudez, apologia ao ódio, chocantes e repugnantes, atos perigosos e ilegais.

Como o vídeo mostra apenas um beijo entre dois homens, Puetter fez um vídeo-resposta questionando a atitude do Youtube.

O material mostra também cenas de beijos héteros de classificação livre no site.

Segundo o Ministério da Justiça, na TV e no cinema não existe diferença de classificação indicativa para beijos homo e heterossexuais. O ministério não regula vídeos no Youtube.

O diretor de comunicação do Google, Felix Ximenes, não comentou o caso, mas disse que o fato de o vídeo continuar no ar significa que a empresa não viu problemas no conteúdo.

Segundo ele, porém, quando há denúncias sobre as imagens por parte de usuários, o site tem a obrigação de avisar que as cenas podem ser chocantes. Ximenes afirmou que a classificação indicativa para maiores de 18 anos poderá ser substituída por um aviso sobre o choque que as imagens podem causar.

Ele disse que não há como confirmar se a restrição foi feita a pedido do autor do vídeo ou de usuários. Ximenes afirmou que, se ela tiver sido feita pelo autor, ele pode pedir revisão para reverter a situação.

O advogado Fábio Souza, especialista em direitos homoafetivos, afirma que a restrição pode caracterizar discriminação. Porém, como a homofobia ainda não foi criminalizada, uma eventual condenação teria que se basear em princípios constitucionais.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Câmara de São Luiz aprova título de "persona non grata" ao pastor Silas Malafaia.


O pastor Silas Malafaia se mostrou altamente irritado com o veto a uma homenagem a sua pessoa que seria feita na Câmara Municipal de São Luís (MA). Em entrevista a 92,3 FM (rádio gospel de Maranhão), o pastor chamou o vereador Ivaldo Rodrugues (PDT-MA), responsável pelo veto a homenagem, de "idiota" e "bandido". Hoje pela manhã a Câmara Municipal de São Luís, após ter conhecimento do fato, considerou Malafaia uma "persona non grata" à cidade. O desabafo do pastor aconteceu após o locutor da rádio comentar que o projeto de autoria da vereadora Rose Sales (PCdoB) esta repercutindo de forma negativa na cidade e que o vereador Ivaldo Rodrigues o classificou de "homofóbico". "Ele vai ser interpelado judicialmente, eu vou processar esse bandido, vagabundo, desse vereador. Eu sou homofóbico? Então terá que provar que sou homofóbico, esse otário, idiota, não sabe nem o significado de homofobia", afirmou Malafaia. Até para a vereadora que tentava homenagear Malafaia sobrou. Para o pastor, Rose Sales é "frouxa". "Se a irmã Rose afrouxou, eu lamento, ela esta fazendo o jogo do partido, eu liguei pra ela e falei: não afrouxa não minha irmã. Mas eu desconfio que ela queira fazer graça ao partido ao qual pertence, porque o (PCdoB) apoia essa porcaria", declarou Malafaia.

Siro Darlan*: 'Do insulto à injúria'


"Pouco mais de 24 horas se passaram desde que a juíza Patrícia Lourival Acioli foi chacinada. Quando se pensava que a covardia desse ato ficaria restrita a ele próprio — um insulto em forma de cusparada de sangue na cara do País —, se vê a ele somada a injúria da empáfia das autoridades públicas, especialmente as do Judiciário do Estado do Rio de Janeiro.

O atual presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro se apressa em justificar o injustificável: o motivo para uma juíza que até as paredes do Fórum de São Gonçalo sabiam ameaçada de morte estar completamente à mercê de seus matadores é singelo: ela não requisitara proteção, por ofício. Não obstante, sem ofício, ou melhor, de ofício, sua segurança, conforme avaliação (feita por quem? com base em que critérios?) do próprio tribunal, havia minguado na proporção inversa do perigo a que a juíza diariamente se via submetida. Fica, assim, solucionado o crime: Patrícia cometeu suicídio. Foi atingida por si mesma, 21 vezes, vítima de sua caneta perdida, que se encontrava a desperdiçar tempo mandando para a cadeia milicianos e todo tipo de escória que cresce à sombra do Estado, de sua corrupção e de sua inoperância.

Patrícia era uma incompetente, uma servidora pública incapaz de fazer um ofício! Não é isso que o senhor quer dizer, Presidente?

Que vergonha, Exa.! Por que no te callas? Melhor: renuncie ao seu cargo. No mínimo será muito difícil seguir à frente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, com a morte de Patrícia em suas costas. Ela está agarrada ao seu corpo e ao do seu antecessor, como uma chaga pestilenta. Sua permanência no ambiente dá asco e ânsia de vômito.

Qualquer pessoa que assistisse ao noticiário televisivo, que lesse jornal ou que tivesse acesso a algum outro veículo de imprensa nacional tinha conhecimento da situação de Patrícia e de que sua vida estava em risco. Não a Presidência do TJRJ. Segundo palavras do ex-presidente daquele órgão, seu único contato com a juíza se deu numa ocasião em que esta por ele foi chamada para prestar esclarecimentos a respeito de um entrevero que tivera com um namorado. O fato chegou às folhas e S. Exa., o então Chefe do Judiciário, se sentia no dever de agir logo, chamando às falas (sem ofício) a subordinada que colocava em xeque a imagem do Poder por ele gerido. Mas, para proteger a vida de Patrícia – ah, aí é querer muito! — era fundamental um ofício! E fico a pensar: em quantas vias? 21? As cópias deveriam ser em carbono azul ou seria possível usar um modelo vermelho sangue?

Era necessário que a magistrada juntasse ao expediente um mapa com a localização do Fórum de São Gonçalo, talvez? Ou um comprovante de residência? Atestado de bons antecedentes? Declaração dos futuros assassinos afirmando que a ameaça era real (a lista encontrada com o ‘Gordinho’ não tinha firma reconhecida, nem era autenticada, afinal).

Não tentem ler a minha mente, sem antes chamar um exorcista. Magistrados de primeira instância, uni-vos! Vossa integridade física está à mercê da fortuna. Vossa vida a depender de uma folha de papel. Vossas famílias nas mãos de mentecaptos. Marginais e milicianos em geral devem estar com a dentadura escancarada num esgar de romance policial. Bastaram duas motos, dois carros, um bando de vermes, 21 tiros e poucos segundos para derrubar o castelo de cartas que era a imagem da Justiça no Estado do Rio. Com tão pouco se revelou a podridão de um reino de faz-de-conta, o que contrasta com o quanto foi necessário para liquidar uma mulher só.

Um Poder sem força, sem visão, sem preparo; um setor do serviço público que se transformou, em verdade, numa grande empreiteira; quando não em um balcão de negócios (quebre-se o silêncio!). É inacreditável que a mais alta autoridade judicial do Estado sequer ruborize ao dizer que a proteção de uma juíza comprovadamente listada como alvo da milícia dependia de um pedido escrito. A declaração do magistrado-mor revela aos interessados em seguir matando juízes que o “Poder” por ele administrado não tem a menor ideia da realidade enfrentada pelos julgadores de primeira instância. Precisa ser provocado, cutucado, instado. O pleito de auxílio aos que dele carecem deve passar por um processo, um crivo que, como se viu, é muito eficiente, se o resultado perseguido for a eliminação daquele que precisa ser protegido. O Judiciário não realiza, por sua conta, qualquer controle, não mantém investigação permanente, não monitora seus inimigos: é um Poder-banana.

Os juízes de direito, de agora em diante, se transformaram na versão nacional do dead man walking (expressão gritada pelos guardas quando acompanham os sentenciados até o local da execução, nos presídios com corredor-da-morte, nos EUA). Os próximos serão os promotores, os delegados de polícia (os agentes penitenciários já são eliminados de há muito, assim como os jornalistas), os homens de confiança do Secretário de Segurança e este mesmo. Governador, tremei. Quem há-de impedir que isso ocorra?

A temporada de caça está aberta. A porta do Judiciário era sem trinco e agora não adianta colocá-lo. Tarde demais. Até que a Justiça se mova e organize um sistema de autodefesa pró-ativo (e não movido à base de papeluchos), muitos perderão a vida. O crime não precisa se organizar. Basta conhecer o endereço do juiz, discando 102.

Pior: doravante, será mais do que suficiente um olhar de soslaio do réu para que o juiz assine — trêmulo, mas de pronto — o alvará de soltura. Eu, no lugar de qualquer deles, assinaria. Você não? Bem-vindos à terra sem lei, sem vergonha e sem senso de ridículo.

Não se esqueçam de Patrícia Acioli!"

*Siro Darlan é desembargador da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio.

FONTE : http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2011/8/siro_darlan_do_insulto_a_injuria_184850.html