segunda-feira, 26 de setembro de 2011
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Parada do Rio ganha lançamento com show de Isabella Taviani.
A 16ª edição da Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro rola no dia 9 de outubro, mas a movimentação para a manifestação começa já na próxima segunda-feira, 12, com um show especial da cantora Isabella Taviani, do hit “Diga sim pra mim”, a partir das 20h, no Teatro João Caetano.
Com entrada a preço popular, R$ 1,99, o pocket show de Isabella abre a programação da diversidade carioca, além de animar a noite onde a própria cantora será homenageada por suas canções voltadas para o público LGBT. A classificação etária do show é de 18 anos e a capacidade do teatro é de 1.143 pessoas.
A noite vai contar com apresentação e pinta das drags Meime dos Brilhos e Sula Lastorini e com a presença de intérpretes como Jane Di Castro, Elza Ribeiro, Juliana Farina, Aline Ramos e Biano Rafa, inspirad@s no musical “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque de Holanda.
Vai rolar também pequenos esquetes teatrais com Lorna Washington, Rose Bombom, Suzy Brasil, Regine de Mônaco, Karina Karão, Kayka Sabatella, Sarah Stevens, Veluma, Luiza Gasparelli, Desirré e grande elenco. Luiza Moon, Núbia Pinheiro, Danny D´Avalon e Eula Rochard recebem o povo na porta.
A 16ª Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro será realizada no dia 9 de outubro, um domingo, na orla de Copacabana, com expectativa de levar 1,5 milhões de pessoas à rua. O Teatro João Caetano fica Praça Tiradentes, s/nº - Centro.
Lésbicas denunciam negligencia no atendimento no SUS.
Lésbicas no Rio denunciam que médicos deixam de solicitar, durante consultasginecológicas, o exame que pode ajudar a prevenir o câncer de colo de útero porque elas não mantêm relações sexuais com homens.
O Grupo Arco-Íris informou que constatou o problema na rede de saúde pública e privada da capital fluminense. Numa pesquisa qualitativa, todas as 20 mulheres entrevistadas relataram que depois de revelada sua orientação sexual os médicos não pediram o exame.
O levantamento constatou também que entre as lésbicas, as que têm identidade maismasculinizada são menos submetidas ao preventivo que as demais.
Diante do problema, o Fórum de Mulheres Lésbicas e Bissexuais do Estado do Rioquer que o foco das campanhas sobre DST e aids não seja apenas os travestis e homossexuais. Para as ativistas, é preciso divulgar mais informação sobre atransmissão de DST entre mulheres que fazem sexo com mulheres e aprofundar projetos de sensibilização com as secretarias de Saúde.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Irã executa três homens acusados de homossexualismo.
Três homens iranianos foram executados no último domingo depois de condenados por homossexualismo, informou uma agência semi-oficial do país. Segundo o jornal inglês "Guardian", os três foram
identificados apenas pelas iniciais de seus respectivos nomes e enforcados na cidade de Ahvaz, ao sul do país.
- Os três condenados foram sentenciados à morte com base nos artigos 108 e 110 do código penal do Irã, por atuar contra a Lei Islâmica - informou a agência Isna.
A ONG Direitos Humanos do Irã, com base na Noruega, afirma que os homens foram acusados de manter relações sexuais com outros homens. Mas não ficou claro nem se as acusações eram de fato legítimas ou se lhes foram simplesmente impostas. De acordo com a agência Isna, eles ainda foram condenador por roubo e sequestro.
A execução deste domingo é a primeira em anos sentenciada com base na sexualidade dos réus. No passado, submeter homossexuais à pena de morte era comum no Irã, mas os condenados eram comumente ligados a outros crimes que também levavam à execução, como o estupro de homens.
- As execuções por sodomia estão entre os casos raros em que autoridades iranianas admitem a execução de homem por atos homossexuais. Mas elas costumam mascarar tais penas atribuindo outros crimes à sentença, como o estupro. Mas neste caso, não há nenhuma menção à agressão sexual - disse Mahmood Amiry-Moghaddam, porta-voz da ONG Direitos Humanos do Irã.
Mohammad Mostafaei, um conhecido advogado do Irã, já representou muitos acusados de homossexualismo em seu país e hoje vive em exílio na Noruega. Em entrevista ao "Guardian", ele disse acreditar que os homens executados no domingo são inocentes.
- Não devemos esquecer o que o presidente Mahmoud Ahmadinejad disse em um discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Ele disse que não há homossexuais no Irã e ninguém é punido por ser gay em seu país. Mas muitas pessoas inocentes foram (recentemente) sentenciadas à morte ou enforcadas em bases secretas por acusações ambíguas no Irã - explicou Mostafaei.
Cotado para prêmio, Jean Wyllys diz que Congresso tem "vários Bolsonaros".
Há pouco mais de um ano, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) começava de maneira tímida a sua campanha por uma vaga no Congresso. Um dos principais ativistas na luta pelos direitos LGBT, hoje ele é um dos favoritos a receber o prêmio Congresso em Foco, que elege o melhor parlamentar do ano, e desfruta de um status inusitado para alguém que acaba de ingressar na vida política.
"Se eu disser que não esperava todo esse sucesso, estaria mentindo", garante Wyllys, que ficou famoso em todo o país após vencer uma edição do programa Big Brother Brasil. "Só não esperava que isso aconteceria tão rápido. Houve toda uma conjuntura que ampliou a visibilidade da luta pelos direitos dos homossexuais nesse ano e acabou me beneficiando, como a questão do kit anti-homofobia. Mesmo assim, eu sempre tive a consciência de que, uma vez eleito, teria repercussão e faria um bom trabalho".
Um Congresso que absolve Jaqueline Roriz não tem cara para exigir honestidade
Hoje, o ex-BBB lidera a disputa pelo título de melhor parlamentar na frente de figuras conhecidas da política brasileira, como Chico Alencar (PSOL-RJ), ACM Neto (DEM-BA) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ). No Twitter, ele é um dos deputados federais com maior número de seguidores: 56 mil. Apesar da popularidade, Jean Wyllys reconhece que trava uma batalha árdua pelos direitos LGBT num Congresso que ele considera cheio de "Bolsonaros" escondidos.
"Bolsonaro é uma caricatura dos grupos conservadores e homofóbicos. No entanto, gente como ele prevalece no Congresso", lamenta o deputado. "Os conservadores estão em maior número e tem muita força política. Há vários que pensam exatamente como ele entre os deputados, só não abrem isso para o público".
O preconceito por defender uma causa polêmica foi apenas o primeiro item na lista de dificuldades que Jean Wyllys teve em Brasília. Antes, ele teve que viver com o estigma de ser visto apenas como "um ex-BBB".
"Eu fiz uma campanha com pouquíssimos recursos, por isso não chamei muita atenção até se darem conta de que eu tinha sido eleito. Não sofri preconceito no Congresso por ser um ex-BBB, mas a mídia foi bem cruel. Alguns jornalistas achavam que eu tinha nascido num programa de televisão e que minha vida se resumia àquilo. No entanto, mostrei a eles com o meu trabalho que não é bem assim", conta o deputado, que tenta fugir da imagem de um político concentrado excluisvamente em uma causa. "Assinei o pedido da CPI da Corrupção, mas não vejo muita esperança. Um Congresso que absolve Jaqueline Roriz não tem cara para exigir honestidade".
Urnas x Twitter
Apesar do sucesso nas redes sociais, Jean Wyllys diz que a força na internet é bem diferente das urnas. Para o deputado, as redes sociais refletem apenas a realidade de uma minoria que tenta acompanhar de perto os candidatos em quem votou.
"A massa, a maior parte do eleitorado, não acompanha a atividade política dos parlamentares que ajudou a eleger. Não estou querendo fazer uma distinção entre um bom e um mau eleitor, mas as pessoas que seguem os políticos no Twitter geralmente estão tentando acompanhar seu trabalho. É um outro perfil de eleitor, mas que não é a maioria", avalia Wyllys. "Vale lembrar que a popularidade na internet mostra que há pessoas me apoiando no Brasil inteiro. Eu realmente tento fazer um mandato federal, representando não só o Rio, mas todo o país. Só que isso não garante voto. Não importa ter milhares de seguidores espalhados por todo o país se apenas um estado pode votar em mim".
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Ex-companheiro de artista plástico Jorge Guinle consegue reaver imóvel na Justiça .
RIO - Após mais de três anos lutando na Justiça, o fotógrafo Marco Rodrigues, de 66 anos, conseguiu reaver o apartamento no Alto Leblon onde ele viveu com o companheiro, o artista plástico Jorge Guinle Filho, que morreu de Aids em 1987. A notícia foi antecipada pela jornalista Lu Lacerda em seu blog. Marco já fez a sua mudança, mas a disputa pelo imóvel com Estevão Wermann, que foi amigo de Jorginho Guinle (pai do artista plástico) e comprou o espólio, continua, no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo o advogado André Chateaubriand Martins, ainda há o julgamento do recurso impetrado por Wermann no STJ. Enquanto isso, Marco comemorou e pôde voltar ao lar graças a uma decisão judicial de cumprimento provisório de sentença:
- É um momento de alegria. Nunca duvidei de que voltaria para a minha casa.
Aos 17 anos de união, o quadro de saúde de Jorge se agravou e a família o levou para Nova York, onde ele morreu. Ainda numa época que a união estável homoafetiva não era reconhecida, a Justiça acabou não reconhecendo a sociedade entre os dois. Com isso, os herdeiros Dolores Brosshard (mãe de Jorginho) e Wermann entraram com uma ação de reintegração de posse e, em fevereiro de 2008, Marco foi despejado do apartamento.
Os advogados entraram com ação de usucapião urbano e, em 2009, Marco ganhou a briga na Justiça, em primeira instância. O dono do espólio recorreu à segunda instância e perdeu. Agora, cabe a decisão do STJ.
A luta de Marco foi considerada pioneira no Brasil e ajudou vários casais gays. A disputa pelos bens chamou a atenção da sociedade carioca. Em 1989, o juiz José Bahadian reconheceu a validade de um testamento deixado por Jorge Guinle, no qual ele declarou que Marco tinha direito à metade dos seus bens. O assunto foi parar na primeira página do jornal "The Washington Post". A família apresentou um segundo testamento, ligeiramente modificado pelos juízes, que concederam 75% da herança para a mãe e 25% para o pai.