quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Irã executa três homens acusados de homossexualismo.

Três homens iranianos foram executados no último domingo depois de condenados por homossexualismo, informou uma agência semi-oficial do país. Segundo o jornal inglês "Guardian", os três foram

identificados apenas pelas iniciais de seus respectivos nomes e enforcados na cidade de Ahvaz, ao sul do país.

- Os três condenados foram sentenciados à morte com base nos artigos 108 e 110 do código penal do Irã, por atuar contra a Lei Islâmica - informou a agência Isna.

A ONG Direitos Humanos do Irã, com base na Noruega, afirma que os homens foram acusados de manter relações sexuais com outros homens. Mas não ficou claro nem se as acusações eram de fato legítimas ou se lhes foram simplesmente impostas. De acordo com a agência Isna, eles ainda foram condenador por roubo e sequestro.

A execução deste domingo é a primeira em anos sentenciada com base na sexualidade dos réus. No passado, submeter homossexuais à pena de morte era comum no Irã, mas os condenados eram comumente ligados a outros crimes que também levavam à execução, como o estupro de homens.

- As execuções por sodomia estão entre os casos raros em que autoridades iranianas admitem a execução de homem por atos homossexuais. Mas elas costumam mascarar tais penas atribuindo outros crimes à sentença, como o estupro. Mas neste caso, não há nenhuma menção à agressão sexual - disse Mahmood Amiry-Moghaddam, porta-voz da ONG Direitos Humanos do Irã.

Mohammad Mostafaei, um conhecido advogado do Irã, já representou muitos acusados de homossexualismo em seu país e hoje vive em exílio na Noruega. Em entrevista ao "Guardian", ele disse acreditar que os homens executados no domingo são inocentes.

- Não devemos esquecer o que o presidente Mahmoud Ahmadinejad disse em um discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Ele disse que não há homossexuais no Irã e ninguém é punido por ser gay em seu país. Mas muitas pessoas inocentes foram (recentemente) sentenciadas à morte ou enforcadas em bases secretas por acusações ambíguas no Irã - explicou Mostafaei.

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