sexta-feira, 16 de abril de 2010

REFLEXÕES SOBRE A NOTA DE MARINA SILVA

Eu achei a Nota da Marina rasa, ela diz que “Sempre que me perguntam sobre o que penso a respeito do movimento LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros), seus direitos e sua luta por leis que os protejam de discriminação, digo que reconheço a legitimidade do movimento e de suas reivindicações.” , reconhecer a legitimidade não é dizer que apóia estas lutas.

Eu reconheço a legitimidade do Movimento Neo Nazista, uma vez que ele existe ou dos Fundamentalistas Religiosos também, mas não os apoio em sua ideologia.

E em sua fala “O Estado deve assegurar a todos – sem distinção – igualdade. As políticas públicas, democraticamente aprovadas pelo Parlamento, e implementadas pelo governo, devem atender a todos”, ela submete ao Parlamento mas não efetivamente da apoio a essas políticas , é afirmar a defesa da democracia , mas não da comunidade LGBT e sua agenda.

Implicitamente ela usa o mesmo discurso dos Fundamentalistas para defender a falta de necessidade de aprovar a PL 122 , quando eles dizem que se a constituição já nos garante igualdade de direitos.

Não faço essa crítica com base em adversários políticos , ou política partidária, só tenho o desejo de reconhecer quem de fato tem algum compromisso mínimo com nossa agenda.

Assim como não se pode negar o apoio do Governo Lula ao movimento LGBT, mesmo tendo muito mais a reivindicar ao Governo, mas negar que um Governo realizar uma Conferência como foi a LGBT com a Presença do Presidente da Republica foi um marco histórico do Movimento LGBT, é no mínimo leviano.

Temos uma escolha ou um caminhar lento, com a possibilidade de até mesmo pressionar um avanço efetivo ou andarmos para trás...


Abaixo segue a íntegra da Nota Oficial da Candidata



Bom fim de Semana a todos!

O que penso a respeito do movimento LGBTs.
Postado em 14/04/2010 por Marina | Categoria(s): Geral
Quem conhece a minha história e convive comigo sabe que respeito as diferenças e sou defensora da tolerância. Acredito que são posturas essenciais para a construção da ética democrática.
Minha voz e meus atos nunca manifestaram ou manifestarão, portanto, qualquer tipo de rejeição a qualquer movimento legitimado por aquilo que costumo chamar de forças vivas da sociedade.
Sempre que me perguntam sobre o que penso a respeito do movimento LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros), seus direitos e sua luta por leis que os protejam de discriminação, digo que reconheço a legitimidade do movimento e de suas reivindicações.
O Estado deve assegurar a todos – sem distinção – igualdade. As políticas públicas, democraticamente aprovadas pelo Parlamento, e implementadas pelo governo, devem atender a todos.
Falo isso porque, nos últimos dias, um vereador de meu partido, militante do movimento LGBTs, me escreveu, com cópia para outras pessoas, dizendo que eu “escondi” a bandeira arco-íris que ele me entregou durante um evento público na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O assunto chegou a ganhar certa repercussão no universo da internet. Sander Simaglio, segundo ele escreve, teria me pedido para estender a bandeira.
Sander, um ativo militante e parlamentar, atual presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Alfenas, subiu ao palanque no momento em que o presidente do partido em Minas, Ronaldo Vasconcellos, fazia seu discurso de posse. Na sequência, solicitou que eu tirasse uma foto ao seu lado. Atendi Sander, como faço com todos os pré-candidatos do PV, para registrar aquele encontro momentâneo. Não me recordo de ter tido qualquer outro diálogo com ele.
Logo em seguida, de forma simpática e respeitosa, ele me passou a bandeira que retirou do bolso de seu paletó. Como fiz com tantas outras lembranças que me foram dadas naquele dia – livros, artesanatos e flores –, passei a oferta do vereador para a minha assessoria. Então nos abraçamos, nos despedimos, e não notei nenhum desapontamento de sua parte.
Aliás, não tive nenhuma reação surpreendente ao receber a bandeira. Receber presentes e lembranças simbólicas é um ato corriqueiro em minhas andanças pelo país.
Na condição de pré-candidata à Presidência da República, me coloco como postulante a representar todos os brasileiros, independentemente do que pensam, de sua orientação sexual, do que crêem ou de sua militância. Minha história é meu compromisso. Política deve ser feita com respeito, sem proselitismo.
Por fim, reafirmo: ainda que minha conduta moral e ética integrem valores da fé cristã, que professo, não discrimino quem quer que seja e defendo plena cidadania para todos. O mesmo espero de todas as outras pessoas, candidatas ou não.
--

Nenhum comentário:

Postar um comentário