sábado, 25 de junho de 2011

Capitão da PM cria polêmica com homossexuais na web.


O capitão da PM, lotado no Quartel-General, e presidente da Associação dos Militares Auxiliares e Especialistas, Atalaia Melquisedec, ingressou esta semana com uma representação no Ministério Público estadual pedindo para que o órgão apure "ofensas à fé cristã" publicadas em comentários de um vídeo seu postado no site Youtube. Entre os textos, Melquisedec afirma que foram colocadas expressões como "cristão bom é cristão morto" e "porcaria de bíblia". O vídeo do capitão havia sido colocado no ar em maio, com críticas ao governador Sérgio Cabral, que autorizou a participação de policiais militares e bombeiros na Parada Gay fardados e em viaturas da corporação.

- Vilipendiaram a bíblia e o senhor Jesus Cristo com esses termos. Há um projeto de "sodomização" da sociedade. Há pessoas que não querem defender os direitos deles, mas transformar a sociedade em sodomita - afirmou o capitão.

Melquisedec disse que seu vídeo foi retirado do Youtube esta semana, sob a acusação de ser discriminatório. No entanto, outros internautas o postaram novamente. Nas imagens, o PM manifesta "repúdio a essa proposta do governador Sérgio Cabral de os policiais militares soltarem a franga".

Capitão: gay significa "ação global contra Jesus"

Em um novo vídeo postado no seu blog nesta sexta-feira, o policial convoca os maçons a irem contra "o processo de sodomização do Brasil". Ele diz que os maçons que têm se omitido são "motivo de vergonha, por exemplo, para José Bonifácio". E completa ainda afirmando que os "sodomitas têm agido de forma coordenada", com ações como a retirada de seu vídeo do Youtube. Por fim, Melquisedec diz que as três letras da palavra gay na verdade significam uma sigla de uma "ação global contra Jesus".

Apesar das palavras no vídeo, Melquisedec disse ao GLOBO que os "gays podem ter a vida que quiser":

- O que não podem é me obrigar a participar, a ser conivente com algo contrário aos princípios cristãos. Na última Parada Gay que houve em Caxias, verifiquei atos obscenos em frente à minha residência, não posso ser obrigado a conviver com isso.


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