Logo após a cerimônia de assinatura de convênios para construção de creches e quadras esportivas, em Brasília, nesta quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo manterá a campanha contra a homofobia, mas fará uma revisão do 'kit anti-homofobia', que causou polêmica e revolta da bancada religiosa na Câmara. Segundo a presidente, o governo não deve "interferir na vida privada das pessoas". Após um longo tempo de reclusão, a presidente reapareceu em público, nesta quinta-feira, e falou também sobre o Código Florestal e as suspeitas envolvendo o ministro da Casa Civil , Antonio Palocci.
- O governo defende a educação e também a luta contra práticas homofóbicas. No entanto, não vai ser permitido a nenhum órgão do governo fazer propaganda de opções sexuais. De nenhuma forma nós podemos interferir na vida privada das pessoas. Agora o governo pode fazer uma educação de que é necessário respeitar as diferenças e que não se pode exercer práticas violentas contra aqueles que são diferentes - afirmou Dilma.
A presidente disse não concordar com o kit:
- Não acho que faça a defesa de práticas não homofóbicas. Não assisti aos vídeos. Com um pedaço que vi na televisão, passado por vocês, eu não concordo. Essa é uma questão que o governo vai revisar. Não haverá autorização para esse tipo de política, de defesa de A, B ou C. Agora, nós lutamos contra a homofobia.
Em reunião com o ministro da Educação, Fernando Haddad, também nesta quinta, a presidente Dilma determinou que todo o material produzido pelo MEC, pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Direitos Humanos sobre costumes sejam submetidos a um comitê da Secretaria de Comunicação Social (Secom).
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