O pastor evangélico Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, foi entrevistado na edição desta semana da revista "Época".
À publicação, Malafaia, que é assumidamente contrário aos direitos LGBT, voltou a dizer que não apoia a aprovação do PLC 122, projeto de lei que criminaliza a homofobia no Brasil. De acordo com o pastor, "se um governante apoiar leis que privilegiam homossexuais em detrimento da sociedade, vamos cair em cima". "Hoje, sou a maior barreira que existe para aprovarem a lei que criminaliza a homofobia", disse Malafaia na entrevista, opinando ainda sobre a homossexualidade. "O homossexualismo [sic] é comportamental. Uma pessoa é homem ou mulher por determinação genética, e homossexual por preferência apreendida ou imposta. É um comportamento. Ninguém nasce homossexual. Não existe ordem cromossômica homossexual, não existem genes homossexuais. O cromossomo de um homem hétero e de um homem homossexual é a mesma coisa. O resto é falácia, é blá-blá-blá. Só existe macho e fêmea, meu amigo", falou.
Questionado se é possível alguém "deixar" de ser gay, o pastor evangélico disse que "ninguém nasce homossexual". "Nossa igreja está cheia de gente que era homossexual. O cara não nasceu (homossexual). Se não nasceu, amigo... Ninguém nasce homossexual. É uma opção, por uma série de elementos: ou porque foi violentado, ou porque escolheu por modelo de imitação. O ser humano vive por modelo de imitação", opinou.
Silas Malafaia também esnobou os dados recentes sobre a violência contra LGBT. "Os números é que vão dizer: no ano passado, 50 mil pessoas foram assassinadas no Brasil, e 260 eram homossexuais. Que índice é esse para dizer que o Brasil é um país homofóbico? Outro número: mais de 300 mulheres foram assassinadas por violência doméstica em 2010, mas ninguém fala nada. Mais de 100 crianças são assassinadas ou violentamente espancadas por dia, e ninguém fala nada. Sabe por quê? É porque por trás das editorias dos jornais, da televisão existe uma bicharada desgramada que dá toda essa ênfase para eles", disse o pastor, para quem os gays fazem "propaganda" para "poderem ter benefícios em detrimento do conjunto da coletividade social".
Sobre os ativistas gays, Malafaia os criticou, dizendo que "são uns malandros que ganham verba dos governos federal, estadual e municipal para fazer esse papel". "São uns malandros oportunistas faturando em cima da grana que as ONGs deles recebem. Essa é a verdade nua e crua. Não é pouca grana, não. E ninguém fala disso. Os ativistas homossexuais são pagos para esse serviço podre que fazem de chamar todo mundo de homofóbico."
Ao final da entrevista, o pastor respondeu uma pergunta sobre como reagiria se descobrisse que seus filhos ou netos são gays. "Daria o Evangelho para ele, diria que Jesus transforma, que ele não nasceu assim, que é uma opção dele", concluiu.
Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui.
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